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Grupo de candidatos avulsos à Presidência da Câmara acumula 350 votos, diz deputado

Pedro Ladeira/Folhapress
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

De Brasília

13/12/2018 19h54

O grupo de cinco candidatos à Presidência da Câmara anunciado na quarta-feira (12) angaria aproximadamente 350 votos dentre os pares, garantiu o atual vice-presidente e um dos postulantes ao cargo de comando da Casa, deputado Fábio Ramalho (MDB-MG).

Segundo Ramalho, o grupo formado por ele e os deputados João Campos (PRB-GO), JHC (PSB-AL), Alceu Moreira (MDB-RS) e Capitão Augusto (PR-SP) traz na sua maioria candidatos avulsos, com o compromisso de apoio àquele, dentre os cinco, que chegar ao segundo turno.

"Esses cinco candidatos têm 350 votos. Tenho certeza, conheço a Casa", disse o vice-presidente da Câmara. "E o PSOL deve ter candidato e deve ter uns 20", avaliou.

Ramalho coloca-se como um candidato independente, sem que isso signifique embate com o próximo governo.

"Independência acima de tudo. Câmara forte, mas acima de tudo harmonia entre os Poderes. Harmonia e equilíbrio", disse o vice-presidente, citando a necessidade de um novo pacto federativo.

Ele defende a votação de reformas ?necessárias? e ?urgentes?. Ponderou, no entanto, que todos precisam ser escutados, ?inclusive os governadores do Nordeste, que hoje são oposição?.

A Presidência da Câmara também é disputada pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que trabalha na construção da viabilidade de sua reeleição utilizando como trunfo o trânsito com integrantes da oposição.

Dentro do PSL, partido do presidente eleito Jair Bolsonaro, também há integrantes interessados em concorrer ao posto. Ainda que oficialmente o governo afirme que manterá distância da disputa, aliados do presidente atuam para enfraquecer a candidatura de Maia.

Ramalho nega que o grupo formado pelos cinco candidatos constitua um bloco. Para figuras experientes na Casa, a formação de blocos pode ter um peso decisivo na escolha do próximo presidente

O presidente da Câmara dos Deputados tem a prerrogativa de definir a pauta e o ritmo de trabalhos na Casa. Aquele que ocupar o posto também será o segundo na linha sucessória da Presidência da República.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)