Trump diz que se encontrará novamente com Kim Jong-un no Vietnã no fim de fevereiro
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na terça-feira (5) que fará sua segunda reunião de cúpula com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, no Vietnã, entre os dias 27 e 28 de fevereiro, atribuindo-se o mérito de evitar uma grande guerra na península coreana.
Em seu discurso anual do Estado da União ao Congresso, Trump disse que ainda há muito trabalho a ser feito na busca pela paz com Pyongyang, mas citou a suspensão dos testes nucleares e lançamentos de mísseis da Coreia do Norte durante 15 meses como prova de um avanço.
"Se eu não tivesse sido eleito presidente dos Estados Unidos, estaríamos neste momento, em minha opinião, em uma grande guerra com a Coreia do Norte", afirmou.
Trump despertou o temor de uma guerra em 2017, quando ameaçou fazer chover "fogo e fúria como o mundo nunca viu" sobre a Coreia do Norte por causa do risco que as armas e mísseis nucleares do regime representavam aos EUA.
Trump se encontrou com Kim em Cingapura em 12 de junho, a primeira cúpula entre um presidente norte-americano no exercício do cargo e um líder norte-coreano. Ele se mostrou disposto a realizar uma segunda reunião apesar da falta de progresso concreto em persuadir a Coreia do Norte a abdicar de seu programa de armas nucleares.
Ele disse que seu relacionamento com Kim "é bom".
A Casa Azul presidencial da Coreia do Sul, que facilita as relações entre Washington e Pyongyang, saudou o anúncio de Trump e expressou a esperança de um avanço na melhoria das relações.
"Os dois líderes já deram um primeiro passo em Cingapura para se desvencilharem de seu histórico de 70 anos de hostilidades. Agora esperamos que deem um passo adiante para um progresso concreto e substantivo", disse o porta-voz da Casa Azul, Kim Eui-kyeom, em um boletim à imprensa em Seul.
O Vietnã será o melhor anfitrião para o evento, disse Kim Eui-kyeom, citando sua história de altos e baixos com os EUA, durante a qual costumavam "apontar uma arma e uma faca um ao outro".
O Vietnã, que tem um governo comunista, mas boas relações com EUA e Coreia do Norte, vinha sendo considerado por muitos como o cenário mais provável para o encontro.
Ele também é apontado como um modelo de reforma política e econômica para a empobrecida e isolada Coreia do Norte seguir, o que exigiria grandes mudanças no culto à personalidade e na ideologia "juche" de autossuficiência da nação.
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