Deserções de forças de segurança de Maduro aumentam, diz autoridade colombiana
CUCUTA, Colômbia (Reuters) - Pelo menos 18 integrantes das forças de segurança venezuelanas desertaram no sábado e se mudaram para a Colômbia, em meio à crescente tensão com a aprovação de uma ajuda humanitária anunciada à nação petroleira, informou a Autoridade de Imigração Nacional colombiana.
O órgão do governo colombiano disse que os desertores são membros da Guarda Nacional, da Polícia, do Exército e da Marinha que passaram da Venezuela para o departamento colombiano de Norte de Santander e Arauca.
"Nós desconhecemos o presidente Nicolás Maduro e reconhecemos nosso presidente interino, comandante-em-chefe Juan Guaidó", disse um dos membros da Guarda Nacional da Colômbia, depois de cruzar a fronteira.
"O que fizemos hoje, fizemos isso por nossas famílias, para o povo venezuelano. Nós não somos terroristas (...) somos pais de família e já basta de tanta incerteza e tanta injustiça. Companheiros chegou o momento, chegou a hora", disseram três outros membros da Guarda Nacional em um vídeo em que eles não se identificaram.
O presidente colombiano, Iván Duque, entregou no sábado centenas de toneladas de alimentos e remédios ao líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, para ser transportado para aquele país e distribuído a milhares de pessoas necessitadas.
Mas o líder socialista Nicolás Maduro, cada vez mais isolado desde que Guaidó se proclamou presidente interino em janeiro, anunciou que não permitirá a passagem da ajuda para a Venezuela.
Maduro, que descreve a entrega da assistência humanitária como um "show da mídia", ordenou o reforço da segurança nas fronteiras para evitar qualquer incursão.
Guaidó escreveu em sua conta no Twitter: "Aqueles guardas e membros das Forças Armadas que decidem se juntar à nossa luta não são desertores, eles decidiram se aliar ao povo e à Constituição. Bem-vindos!".
"A chegada da Liberdade e da Democracia na Venezuela já é imparável", disse ele.
(Reportagem de Nelson Bocanegra e Luis Jaime Acosta)
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