Rodoviária Central de Tel Aviv: um terminal encardido, porém com alma
Aberta em 1993 na esperança de rejuvenescer um de seus bairros mais pobres, a Rodoviária Central de Tel Aviv agora costuma ser tratada como "a Monstruosidade".
Um sonho de desenvolvimento urbano que se tornou um pesadelo, os sete andares de amontoado de corredores encardidos foi concebido como um centro comercial elegante para atender aos fluxos de passageiros.
Mistura eclética
Em vez disso, com muitas de suas lojas há muito fechadas, seu labirinto de corredores deu lugar a uma mistura eclética de comércio e cultura.
Um mercado filipino atende uma grande comunidade de cuidadores de idosos, há uma igreja filipina improvisada, um centro de livros tradicionais em iídiche e casas de câmbio.
Dançarinos, músicos e artistas de circo usam seu espaço gratuito para prática e apresentação, e moradores de rua também são atraídos para suas sombras.
Palco aberto
A diversidade da rodoviária reflete o bairro, onde uma grande população imigrante vive em blocos de apartamentos em grande parte decrépitos.
Dana Forer, 40 anos, integra a Trupe de Teatro Mystorin, que transformou o prédio em seu lar artístico.
A Rodoviária Central é um playground para a imaginação. Sinto-me cheia de alegria e criatividade quando iluminamos os espaços escuros com nossa apresentação Dana Forer
Familiaridade
Tamar Lehman, 32 anos, toca acordeão é uma orientadora social para jovens adultos que chegam à estação para praticar dança.
"Sinto que este prédio é como as pessoas com as quais trabalho. Elas podem parecer totalmente confusas em relação a si mesmas, não compreendidas, bizarras, mas quanto mais você sabe sobre as pessoas e sua estrutura interna, lentamente você se familiariza com seu mundo interior, com toda sua loucura, de modo que passa a ver a beleza", disse Lehman.
Encontra tudo
Merry Christ Palacios, 37 anos, é uma cuidadora das Filipinas que faz compras na estação e frequenta sua igreja.
"É especial porque posso encontrar tudo que preciso comprar", ela disse, mas acrescentando que os visitantes precisam ter "muito cuidado com suas bolsas, celulares, dinheiro e coisas" ao percorrerem os corredores da estação.
Magia
Stav Pinto, 24 anos, empresta seus talentos circenses para ensinar habilidades de vida para crianças com necessidades especiais. Pinto e seu bambolê fazem parte de um grupo circense informal que se reúne todo início de noite de segunda-feira.
Há um ar mágico na Rodoviária Central que me lembra uma floresta urbana sombria Stav Pinto
"É um lugar de aventura, onde você pode encontra uma grande variedade de pessoas e ser exposta a culturas diferentes. Toda vez que caminho por ela, posso descobrir um novo local que é completamente diferente dos outros."
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