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Human Rights Watch vê "gravíssimas" violações dos direitos humanos no Chile, diz imprensa local

22.nov.2019 - Policiais e manifestantes entram em confronto em Santiago, no Chile - Johan Ordonez - 22.nov.2019/AFP
22.nov.2019 - Policiais e manifestantes entram em confronto em Santiago, no Chile Imagem: Johan Ordonez - 22.nov.2019/AFP

Fabián Andrés Cambero

Em Santiago (Chile)

24/11/2019 13h28

A Human Rights Watch encontrou violações muito graves dos direitos humanos pela polícia durante protestos sociais que têm abalado o Chile por mais de um mês, segundo o chefe da organização citado neste domingo em um jornal local.

A instituição, liderada pelo chileno José Miguel Vivanco, realiza uma missão de pesquisa no país e apresentará seu relatório final nos próximos dias.

A polícia foi responsável por "violações muito graves dos direitos humanos e terá de responder adequadamente à justiça", disse ele em entrevista ao jornal El Mercurio.

"Não pode haver simpatia ou justificativa pelo uso excessivo da força no controle da ordem pública, enfrentando manifestações pacíficas, assim como atos de violência e vandalismo", acrescentou, reconhecendo também que muitos policiais sofreram ferimentos.

Os protestos —desencadeados por um aumento no preço do transporte, mas que se transformaram em uma convulsão social— deixaram mais de 20 mortos, milhares de feridos e detidos, além de grandes destruições, saques e incêndios.