Príncipe Harry busca "vida mais pacífica" ao encerrar funções na realeza
Por Michael Holden
LONDRES (Reuters) - O príncipe britânico Harry falou de sua tristeza por ter sido forçado a desistir de seus deveres na realeza em um acordo com a rainha Elizabeth, dizendo que não havia outra opção, já que ele e sua esposa, Meghan, buscam um futuro independente.
O Palácio de Buckingham e a rainha anunciaram no sábado que Harry e Meghan não seriam mais membros ativos da monarquia britânica, não usariam mais seus títulos de "Alteza Real" e agora seriam responsáveis por pagar o próprio caminho na vida, liberando-os para moldar o que chamam de "novo papel progressivo".
O novo acordo foi firmado para encerrar uma crise que o casal desencadeou ao anunciar no início deste mês que queria reduzir os compromissos oficiais e passar mais tempo no Canadá e nos Estados Unidos, mantendo a realeza ativa.
Em discurso à caridade de Sentebale, no domingo, Harry mostrou ter ficado chateado, dizendo que o resultado final não era o que ele e sua esposa norte-americana queriam.
"Nossa esperança era continuar servindo a rainha, a Commonwealth e minhas associações militares sem financiamento público. Infelizmente isso não foi possível", disse o príncipe, sexto na linha sucessória do trono.
"Aceitei isso sabendo que não muda quem eu sou ou como sou comprometido. Mas espero que ajude vocês a entenderem o que aconteceu, que eu vou me afastar de tudo que já conheci para dar um passo adiante no que espero ser uma vida mais pacífica."
Sob o acordo, Harry continuará sendo um príncipe e o casal manterá seus títulos de duque e duquesa de Sussex quando começarem uma nova vida dividida entre o Reino Unido e a América do Norte, onde passarão a maior parte do tempo. Mas eles não participarão de nenhum evento cerimonial futuro ou excursão da realeza.
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