Fora da OMS, Taiwan enfrenta proibição de voos e desatualização sobre coronavírus
TAIPEI (Reuters) - Sem aceitação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), Taiwan enfrenta um problema duplo no combate à ameaça do novo coronavírus: a ilha está sendo incluída como área de alto risco como parte da China, mas não consegue obter informações epidêmicas em primeira mão.
Taiwan não é aceita na maioria dos organismos internacionais —incluindo a OMS, uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU)— devido às objeções da China, que considera a ilha uma de suas províncias sem direito de participação, a menos que aceite ser parte de seu território, algo que o governo de Taiwan não fará.
Há tempos Taiwan se queixa de que a China menospreza a ilha na arena internacional e força governos e empresas estrangeiros a se referirem a ela como parte da China.
Agora que o vírus se dissemina, Taiwan diz que esta política se transformou em um dano colateral. A ilha só tem dez casos de coronavírus, enquanto a China tem mais de 17 mil, mas a OMS a inclui na mesma fatura.
As consequência vieram à tona no final de semana, quando Taiwan disse que sua maior empresa aérea, a China Airlines, foi incluída em uma proibição de voos da Itália à China porque a OMS inclui Taiwan na China, onde o vírus se originou, como parte de uma área de alto risco.
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