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Macron diz a agricultores que irá brigar pela manutenção de subsídios na UE

10.set.2019 - O presidente da França, Emmanuel Macron - Ludovic Marin - 10.set.2019/AFP
10.set.2019 - O presidente da França, Emmanuel Macron Imagem: Ludovic Marin - 10.set.2019/AFP

22/02/2020 14h52

PARIS (Reuters) - O presidente francês Emmanuel Macron disse aos agricultores de seu país neste sábado (22) que a França continuará a se opor aos cortes nos subsídios agrícolas. A fala acontece um dia depois que as discussões sobre o orçamento da União Europeia terminaram em um impasse.

Macron ainda prometeu uma compensação aos produtores de vinho atingidos pelas tarifas dos Estados Unidos.

Os líderes da União Europeia falharam na sexta-feira em acordar um orçamento para os próximos sete anos, pois o déficit de financiamento criado pela saída da Grã-Bretanha aumentou o debate sobre as prioridades de gastos.

Macron quer que a Europa mantenha um grande orçamento para sua Política Agrícola Comum (PAC), da qual a França é o principal beneficiário.

"Na PAC defendemos um orçamento ambicioso. A PAC não pode ser a variável de ajuste do Brexit. Precisamos apoiar nossos agricultores", disse Macron na feira agrícola de Paris. "Não cedemos a quem quisesse reduzir o orçamento (PAC)."

Na reunião de representantes da indústria do vinho, o presidente se comprometeu a obter uma compensação para as tarifas norte-americanas no lugar até a primavera, contou, Jerome Despey, um produtor de vinho e secretário-geral do principal sindicato agricultor da França, a FNSEA.

Macron já havia apoiado a redução tarifária para os produtores de vinho e disse que levantou a questão com a Comissão Europeia.

O setor teme que possa perder de 300 a 400 milhões de euros em vendas anuais em seu principal mercado de exportação se a tarifa de 25% imposta por Washington em outubro permanecer em vigor, disse Despey.

O vinho francês está entre os produtos da UE que estão sujeitos às tarifas dos EUA como parte de uma disputa de subsídios a aeronaves. Exportadores de vinho franceses estimam que os impostos levaram a uma queda de 40 milhões de euros nas vendas para os Estados Unidos no último trimestre.