'Trump é o Grinch': quem é o bilionário que se opõe a Musk e apoia Kamala

O bilionário Mark Cuban, empresário e investidor conhecido nos Estados Unidos, decidiu apoiar a candidatura de Kamala Harris —o movimento de Cuban é oposto ao de Elon Musk, o homem mais rico do mundo, que injeta dinheiro na campanha de Donald Trump.

Mark Cuban x Elon Musk

Cuban é um empresário e investidor americano dono da equipe de basquete Dallas Mavericks. Ele ganhou notoriedade como um dos investidores mais famosos no programa de TV Shark Tank. Hoje, é dono de uma fortuna de US$ 5,7 bilhões (R$ 33 bilhões), segundo a Forbes.

Para Cuban, "Donald Trump é o Grinch que quer roubar o seu Natal". No início de outubro, o bilionário subiu ao palco durante um ato de campanha da candidata democrata à presidência, na cidade de La Crosse, em Wisconsin, um dos sete estados que podem decidir as eleições americanas. Comparando o candidato republicano ao personagem fictício verde e rabugento, ele disse que Trump "não entende como as tarifas funcionam". "O Grinch é quem vai colocar essas pequenas empresas fora dos negócios", completou. A fala foi em resposta a Trump, que disse no Economic Club de Chicago que a palavra mais bonita do mundo é "tarifa".

Com outros grandes empresários, ele assinou um manifesto em favor de Kamala. No início de setembro, Cuban e mais outros líderes de grandes empresas públicas de tecnologia, mídia e finanças assinaram uma carta de três páginas afirmando que acreditam que Kamala é a candidata mais forte para a economia americana e o futuro da democracia.

O movimento de Cuban é oposto ao de Musk. O CEO da Tesla já gastou mais de US$ 75 milhões (R$ 432,5 milhões) para apoiar a campanha de Trump e mobiliza eleitores na Pensilvânia, segundo reportagem do The New York Times.

Cuban: de 60 dólares no bolso a império

Mark Cuban cresceu em uma família judia que originalmente carregava o sobrenome Chabenisky. O avô, de origem russa, decidiu trocar para Cuban quando saiu da Europa e foi viver nos Estados Unidos.

"Não tinha nada, então também não tinha nada a perder". Cuban não se cansa de dizer que tinha apenas US$ 60 no bolso quando entrou na Universidade de Indiana (EUA), aos 23 anos, e foi morar em um apartamento de três quartos com outras cinco pessoas. Pouco depois, conseguiu um emprego vendendo softwares e afirma que "aprendeu programação sozinho, passando sete ou oito horas por dia fazendo isso sem descansar".

Cuban fez fortuna que chegou a ser registrada no Guinness World Records. Sua primeira empresa foi a MicroSolutions, empreendimento que vendeu em 1990. Já em 1995, ao lado de Todd Wagner, fundou a Broadcast., empresa que se destacou por ser uma das pioneiras em streaming de áudio e vídeo na internet. Em 1999, a Yahoo! adquiriu a Broadcast.com por cerca de US$ 5,7 bilhões em ações, um dos maiores negócios da internet. Essa venda não só fez de Cuban um multimilionário, mas também solidificou sua reputação como um visionário na tecnologia.

Continua após a publicidade

Nos anos 2000, Cuban adquiriu a equipe Dallas Mavericks, do estado do Texas, por cerca de US$ 285 milhões. Desde então, tem sido um proprietário ativo e envolvido na equipe, contribuindo para sua transformação e sucesso, incluindo a conquista do campeonato da NBA em 2011.

Outras apostas curiosas que Mark Cuban fez ao longo de sua carreira incluem financiar um banheiro de alta tecnologia chamado Swash e produzir séries de televisão. Uma delas foi o reality show The Benefactor, em que ele dava US$ 1 milhão ao competidor que o convencesse de que merecia a quantia.

Ele também lançou alguns livros com reflexões da sua vida e carreira. Os títulos mais conhecidos são Como Vencer no Esporte dos Negócios (2011) e A Vida é Meio Aleatória: Essas são as Perguntas e as Respostas (2020).

Cuban já teve interesse em disputar a Presidência dos EUA. O bilionário disse na época das eleições de 2020 que pensava em concorrer ao cargo. Ele afirmou que estava interessado em trazer uma nova perspectiva e que acreditava que um candidato outsider (que vem de fora da política convencional) poderia ser uma opção viável.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.