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Navio-hospital da Marinha chega a Nova York para ajudar em luta contra o coronavírus

30.mar.2020 - Navio USNS Comfort, que vai funcionar como hospital, chega a Nova York - Peter Foley/EFE
30.mar.2020 - Navio USNS Comfort, que vai funcionar como hospital, chega a Nova York Imagem: Peter Foley/EFE

Dan Trotta, Maria Caspani, Barbara Goldberg, Stephanie Kelly, Lisa Lambert e Doina Chiacu

Em Nova York e Washington

30/03/2020 15h53

Um navio-hospital de mil leitos da Marinha dos Estados Unidos atracou em Manhattan hoje e um hospital de campanha para pacientes do novo coronavírus será montado no Central Park, mas autoridades da cidade de Nova York, o epicentro de um surto crescente no país, pediram mais ajuda de Washington.

Em uma imagem que capturou a esperança da mobilização nacional contra o surto, o USNS Comfort entrou no porto de Nova York acompanhado de uma flotilha de navios de apoio e helicópteros.

O governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, uma figura destacada na batalha para deter o vírus, esperou pela chegada do petroleiro convertido pintado de branco e decorado com cruzes vermelhas gigantes, que atracou no píer de Midtown Manhattan perto das 11h, no horário local.

O Comfort tratará de pacientes sem coronavírus, incluindo aqueles que precisam de cirurgia e cuidados críticos, informou a Marinha.

Os hospitais da cidade de Nova York estão sobrecarregados de pacientes sofrendo de covid-19, a doença respiratória causada pelo vírus. O Estado de Nova York responde por quase metade dos 141.883 casos do país e mais de um terço das 2.477 mortes, de acordo com uma contagem da Reuters.

Os EUA têm o maior número de casos do mundo.

A construção de um hospital de campanha de 68 leitos começou no domingo no Central Park e se espera que a nova instalação comece a receber pacientes na terça-feira, disse o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, em um comunicado.

De Blasio, parte de um coro cada vez maior de autoridades que expressam frustração com a maneira como o governo Trump está administrando a crise, disse que a quantidade de mortes aumentará em breve se Washington não fornecer mais suprimentos médicos e assistência.