China diz se ater a compromissos com clima apesar de pandemia
A China cumprirá na totalidade seu compromisso com as contribuições nacionalmente determinadas contra as mudanças climáticas delineadas no Acordo de Paris, apesar da pandemia de coronavírus, disse o Ministério do Meio Ambiente do país hoje.
A China, a maior emissora global de gases de efeito estufa, prometeu reduzir a "intensidade de carbono" —quantidade de emissões de dióxido de carbono por unidade do Produto Interno Bruto (PIB)—. em 40% a 45% entre 2005 e 2020, como parte do pacto de Paris que assinou em 2015. No ano passado, a nação asiática disse que estabeleceria uma meta mais ambiciosa, sem dar detalhes.
Pesquisadores e analistas do governo alertaram, no entanto, que a China pode ter dificuldade para cumprir suas promessas climáticas neste ano, já que está se voltando à indústria pesada e a projetos de produção intensa de carbono para apoiar a economia abalada pelo coronavírus.
"A redução das emissões de carbono da China não mudará com a ocorrência da epidemia", disse Liu Youbin, porta-voz do Ministério da Ecologia e do Meio Ambiente, em uma coletiva de imprensa mensal em Pequim, acrescentando que a China cumprirá "100%" de seu compromisso.
A China diminuiu sua intensidade de carbono em 4,1% em 2019 na comparação com o ano anterior, de acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente.
Na primeira entrevista presencial no ministério desde janeiro, Liu também disse que seu país apresentará um relatório de progresso de suas metas nacionais no prazo, além de planos adicionais baseados no Acordo de Paris.
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