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Coronavírus: testes em Wuhan não indicam casos, mas registram 300 portadores assintomáticos

Testes para o novo coronavírus realizados na população da cidade de Wuhan, na China - China News Service via Getty Images
Testes para o novo coronavírus realizados na população da cidade de Wuhan, na China Imagem: China News Service via Getty Images

Lusha Zhang, Roxanne Liu e Se Young Lee

02/06/2020 09h03

A cidade chinesa de Wuhan, epicentro inicial do surto de coronavírus, não registrou novos casos de covid-19, mas encontrou 300 portadores assintomáticos depois de testar a maioria de seus 11 milhões de habitantes, disseram autoridades locais nesta terça-feira.

As autoridades lançaram a ambiciosa campanha de testes em toda a cidade em 14 de maio e alcançaram 9,9 milhões de pessoas, depois que novos casos levantaram o medo de uma segunda onda da infecção.

As autoridades, entretanto, não encontraram novos casos de covid-19 durante a campanha, realizada até 1º de junho, disseram autoridades a repórteres em uma coletiva de imprensa.

Elas afirmaram que os portadores assintomáticos foram considerados não infecciosos e não houve vestígios do vírus detectados em itens usados pelas 300 pessoas, como máscaras, escovas de dentes e telefones, ou nas maçanetas das portas e nos botões de elevador.

A China não conta portadores assintomáticos —pessoas infectadas com o vírus, mas que não apresentam sintomas da doença— como casos confirmados.

Wuhan, capital da província de Hubei, foi posta em quarentena em 23 de janeiro, e a suspensão da medida ocorreu em 8 de abril.

A cidade chinesa foi o local mais atingido pelo vírus no país e registrou a maioria das 4.634 mortes e do total de 83.022 infecções relatadas na China continental.

O custo dos testes em massa foi de cerca de 126 milhões de dólares.