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Covid: vacina disponível antes de meados de 2021 é improvável, diz Alemanha

Potencial vacina contra Covid-19 é aplicada em Tuebingen, na Alemanha -
Potencial vacina contra Covid-19 é aplicada em Tuebingen, na Alemanha

29/07/2020 08h27

A Alemanha deu a três empresas de biotecnologia garantias para ajudá-las a acelerar o desenvolvimento de candidatas a vacinas contra o coronavírus, mas a ministra da Pesquisa do país, Anja Karliczek, disse que é improvável que uma vacina esteja amplamente disponível antes de meados do ano que vem.

A maior economia da Europa registrou um aumento nas infecções pela doença, com o chefe do Instituto Robert Koch (RKI) para doenças infecciosas culpando a negligência e afirmando não estar claro se uma segunda onda está a caminho.

"Não devemos esperar um milagre", disse Karliczek em entrevista coletiva, pedindo às pessoas que mantenham o distanciamento social e o uso de máscaras para evitar prejudicar o que a Alemanha conquistou nas últimas semanas em termos de colocar a pandemia sob controle.

"Temos de continuar a assumir que a vacina para toda a população somente estará disponível a partir de meados do ano que vem, na melhor das hipóteses."

Conselheiros do governo recomendaram disponibilizar parte dos 750 milhões de euros anunciados no mês passado para o desenvolvimento de vacinas para as empresas alemãs de biotecnologia BioNTech, CureVac e IDT Biologika, que estão trabalhando e vacinas contra o coronavírus, disse ela.

"Todas as três são candidatas promissoras, mas temos de, é claro, sempre esperar reveses durante a fase de testes, porque uma coisa é ter uma vacina eficaz, outra é ter uma vacina segura que as pessoas queiram", disse Karliczek.

O dinheiro visa ajudar as empresas a aumentar a escala da produção e os testes de suas candidatas.

Mais de 150 candidatas a vacina contra a Covid-19 estão em fase de desenvolvimento ao redor do mundo, com 23 delas no estágio de testes em humanos.

Com 206 mil casos confirmados da doença e pouco mais de 9 mil mortes, a Alemanha quer evitar uma segunda onda, que pode trazer de volta lockdowns e restrições que geram fortes impactos econômicos e fecharam muitos estabelecimentos por seis semanas entre março e abril.