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EUA: Acordo sobre pacote de ajuda deve ser definido depois das eleições, diz republicano

17.mar.2020 - O presidente Donald Trump e o secretário americano de finanças, Steven Mnuchin - Jonathan Ernst/Reuters
17.mar.2020 - O presidente Donald Trump e o secretário americano de finanças, Steven Mnuchin Imagem: Jonathan Ernst/Reuters

David Morgan e Susan Heavey

09/10/2020 16h08

A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, disse que retomaria as negociações sobre um possível pacote de estímulo relacionado à Covid-19 com o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, nesta sexta-feira, enquanto republicanos do Senado expressaram dúvidas de que um acordo possa ser alcançado antes das eleições de 3 de novembro.

Pelosi, líder democrata no Congresso, disse que esperava alcançar um há muito ansiado acordo de alívio ao coronavírus enquanto se preparava para um terceiro dia consecutivo de negociações com Mnuchin, representando a Casa Branca nas conversas.

Inicialmente, o presidente Donald Trump havia se retirado das negociações nesta semana, apenas para depois recuperar o interesse em estabelecer um acordo bipartidário.

"Realmente espero que tenhamos um acordo em breve", disse Pelosi, a principal democrata no Congresso, à MSNBC. Ela enfatizou auxílio aos governos estaduais e locais para ajudar a pagar salários da polícia, de profissionais de saúde e de outros profissionais de linha de frente.

Essa tem se mostrado um grande ponto de desacordo ao longo de meses de negociações. A pandemia infectou pelo menos 7,6 milhões de pessoas nos Estados Unidos e matou mais de 212 mil.

O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, o principal republicano no Congresso, disse duvidar que os parlamentares aprovariam um pacote antes das eleições presidenciais de 3 de novembro.

"A proximidade com a eleição e as diferenças de opinião sobre o que é necessário neste momento específico são muito grandes", disse McConnell em coletiva de imprensa em seu Estado natal, Kentucky.

O senador republicano Ted Cruz também expressou ceticismo em torno das perspectivas de um acordo pré-eleitoral, culpando os democratas pela falta de progresso até agora. Nem McConnell nem Cruz têm participado diretamente das negociações.