Republicanos demonstram pouco entusiasmo com possível novo mandato de Trump
Os republicanos do Senado, embora provavelmente absolvam o ex-presidente dos EUA Donald Trump em seu julgamento de impeachment, mostraram pouco entusiasmo nesta semana por uma possível segunda candidatura dele à Casa Branca em 2024, depois de relembrarem a invasão de seus apoiadores ao Capitólio.
Após dias de vídeos sobre a invasão apresentados pelos democratas da Câmara, os republicanos expressaram preocupação com o comportamento pós-eleitoral de Trump, incluindo sua falsa alegação repetida de que a eleição presidencial de 2020 foi roubada dele —ao mesmo tempo em que insistiam que o julgamento sob a acusação de incitar a insurreição é inconstitucional.
Trump, o primeiro presidente na história dos EUA a sofrer impeachment duas vezes, pode concorrer a outro mandato em 2024, a menos que o Senado vote para barrá-lo de um futuro cargo, um feito improvável.
Um assessor republicano do Senado disse na sexta-feira que até 10 entre 50 republicanos poderiam votar para condenar o ex-presidente, mais do que os seis que votaram pela constitucionalidade do julgamento, mas ainda longe dos 17 republicanos que precisariam se juntar aos democratas por uma condenação na Casa de 100 cadeiras.
A republicana Lisa Murkowski disse a repórteres no início da semana que as evidências contra Trump eram "bastante contundentes", embora ela também tenha prometido ouvir a defesa do ex-presidente.
Mas o descontentamento com o comportamento pós-eleições de Trump era nítido até mesmo entre os republicanos que afirmaram que o julgamento de impeachment de um ex-presidente é inconstitucional.
"As ações do presidente desde a eleição foram extremamente decepcionantes e algo com que eu não concordei, e algo que eu não gostaria de ver novamente", disse o senador Mike Rounds, de Dakota do Sul, a repórteres.
O senador Bill Cassidy, um dos seis republicanos que votou que o processo é constitucional, citou preocupações de que uma campanha de Trump para 2024 poderia levar a uma nova violência se ele perder.
"Deixe-me decidir se ele é culpado ou não", disse Cassidy a repórteres quando questionado se poderia votar em Trump novamente.
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