Brasil pode combinar vacinas diferentes se faltarem doses da AstraZeneca, diz Queiroga
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira ter a expectativa de envio pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de doses suficientes para garantir a segunda dose de todas as pessoas imunizadas com a vacina da AstraZeneca mesmo após a redução do intervalo entre as doses, mas admitiu que a pasta pode recomendar uma combinação de vacinas diferentes em caso de escassez.
O ministério anunciou mais cedo que, a partir de setembro, antecipará o intervalo entre a primeira e a segunda doses das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca das 12 semanas atuais para 8 semanas, com o objetivo de acelerar o processo de imunização completa dos brasileiros.
Segundo Queiroga, que participou de evento online organizado pela XP Investimentos, a previsão da pasta é de que não faltará doses da vacina da AstraZeneca mesmo com a redução do intervalo, mas, em caso de atraso na produção pela Fiocruz, a pasta pode tanto retornar ao intervalo de 12 semanas como também implementar a chamada intercambialidade, aplicando uma segunda dose com imunizante da Pfizer em quem foi vacinado inicialmente com a AstraZeneca.
Queiroga lembrou ainda que mais de 8 milhões de brasileiros não retornaram para tomar a segunda dose de vacinas contra a Covid-19, o que reduz a eficácia do programa de imunização.
Segundo dados do Ministério da Saúde, até a terça-feira 123,9 milhões de pessoas haviam recebido ao menos uma dose da vacina contra Covid-19 —ou cerca de 59% da população— enquanto 55,7 milhões estavam com esquema vacinal completo —equivalente a cerca de 26,5% da população total do país.
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