OMS pede que doadores retomem financiamento de saúde do Afeganistão
O representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Afeganistão pediu nesta quinta-feira que a comunidade internacional volte a financiar o programa de saúde do país assolado pela guerra, suspenso quando o Taliban assumiu o governo nacional, já que o sistema de saúde entrou em crise.
A deterioração da situação sublinhou o dilema enfrentado por muitos doadores internacionais, muitos dos quais estão relutando em financiar o governo liderado pelo Taliban, que tem membros em listas de sanções internacionais, mas temem que o país esteja rumando para uma crise humanitária.
"Nas últimas semanas, o acesso aos serviços de saúde declinou consideravelmente para centenas de milhares de alguns dos afegãos mais vulneráveis", disse Luo Dapeng, representante da OMS no Afeganistão, em uma coletiva de imprensa em Genebra.
"O sistema de saúde já frágil do país está sobrecarregado", disse ele, acrescentando que sua entidade está coordenando com doadores para encontrar mecanismos de financiamento alternativos para instalações de saúde.
Governos internacionais prometem ajuda humanitária urgente, mas ainda há dúvidas sobre o desenvolvimento de mais longo prazo e outros financiamentos para uma economia altamente dependente de assistência estrangeira. Além disso, bilhões de dólares de ativos do Banco Central localizados fora do país estão congelados.
Um projeto de saúde de três anos de cerca de 600 milhões de dólares administrado pelo Banco Mundial no Afeganistão financia a operação de centenas de instalações de saúde, e a OMS estimou que menos de um quinto delas está totalmente funcional no momento.
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