Desfiles e protestos marcam Dia de Colombo nos EUA, hoje também Dia dos Povos Indígenas
Por Maria Caspani
NOVA YORK (Reuters) - O Dia de Cristóvão Colombo atraiu multidões na segunda-feira com desfiles em cidades dos Estados Unidos marcando a viagem do explorador e a cultura ítalo-americana, enquanto o foco se volta cada vez mais para a herança e as condições dos povos indígenas subjugados pelos colonizadores europeus.
Na Casa Branca, onde o presidente dos EUA, Joe Biden, havia declarado o dia 11 de outubro como o Dia dos Povos Indígenas, ativistas comunitários promoveram protestos sobre mudanças climáticas, combustíveis fósseis e o coronavírus, que afetam desproporcionalmente os indígenas norte-americanos.
Na cidade de Nova York, multidões se reuniram ao longo da Quinta Avenida para assistir a maior e mais tradicional parada do Dia de Colombo, que foi cancelada no ano passado por conta da pandemia.
Apesar da temperatura fria e do clima seco, o comparecimento parecia menor do que antes. Em 2019, cerca de 1 milhão de espectadores compareceram ao evento, que apresenta bandas, políticos e desfiles de grupos ítalo-americanos, segundo os organizadores.
"Eu amo. Senti falta no ano passado", disse Alphonse Vecchione, um morador do bairro do Queens, em Nova York. "Amamos nossa tradição italiana."
Desfiles do Dia de Colombo também foram promovidos em Chicago e Cleveland. Mas em um número crescente de cidades, incluindo Los Angeles, San Francisco, Denver e Portland, no Oregon, o feriado foi substituído --ou acrescentado-- às homenagens aos povos indígenas. Estados como Alasca, Havaí, Wisconsin e Vermont fizeram o mesmo.
Começando em 1492, Colombo liderou três viagens cruzando o Atlântico até o Caribe a favor da coroa espanhola. Muitos povos indígenas encontrados pelos europeus a partir de então foram escravizados, assassinados ou mortos por doenças trazidas pelos colonizadores.
(Reportagem de Maria Caspani, Shannon Stapleton e Mike Segar em Nova York)
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