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Alemanha debate vacinação compulsória em meio a onda de covid-19

29 set. 2021 - Vacina contra a covid-19 da Moderna em centro de vacinação no Hospital Robert Bosch, em Stuttgart, na Alemanha - Bernd Weibbroad/dpa/picture alliance via Getty Images
29 set. 2021 - Vacina contra a covid-19 da Moderna em centro de vacinação no Hospital Robert Bosch, em Stuttgart, na Alemanha Imagem: Bernd Weibbroad/dpa/picture alliance via Getty Images

Berlim

21/11/2021 14h19

Políticos alemães estão debatendo a possibilidade de tornar a vacinação contra a Covid-19 obrigatória, considerando o aumento de novos casos e baixa taxa de imunização.

Vários membros do partido conservador da chanceler Angela Merkel disseram neste domingo que os governos federal e estaduais deveriam introduzir a vacinação obrigatória em breve, já que outros esforços para elevar a taxa de vacinados para além de 68% da população falharam.

"Chegamos num ponto em que devemos dizer claramente que precisamos de uma vacinação obrigatória e um lockdown para os não vacinados", escreveu Tilman Kuban, líder da ala jovem do partido de Merkel, União Democrata-Cristã (CDU), no jornal Die Welt.

A taxa de incidência de casos de coronavírus de sete dias na Alemanha subiu para o ponto mais alto desde que a pandemia começou pelo 14° dia consecutivo neste domingo, atingindo 372,7 no país todo, e, em algumas regiões, hospitais já informaram que suas UTIs estão lotadas.

No geral, 5,35 milhões de infecções por coronavírus foram notificadas na Alemanha desde o início da pandemia, em fevereiro de 2020. O total de mortes está em 99.062.

O premiê do Estado da Bavária, Markus Soeder, pediu que fosse tomada rapidamente uma decisão para tornar a vacinação contra a Covid-19 obrigatória, enquanto o premiê do Estado de Schleswig-Holstein, Daniel Guenther, disse que as autoridades deveriam, pelo menos, discutir medidas para aumentar a pressão sobre as pessoas não vacinadas.

Danyal Bayaz, um influente membro do partido Verde e secretário das Finanças do Estado de Baden-Wuerttemberg disse que seria um erro neste momento descartar a vacinação compulsória.