Ativista é condenada a 15 meses de prisão por protesto em Hong Kong
HONG KONG (Reuters) - Um tribunal de Hong Kong condenou uma advogada a 15 meses de prisão nesta terça-feira por incitar uma assembleia não autorizada para celebrar os mortos na repressão da China a manifestantes pró-democracia em 1989 nos arredores e na Praça da Paz Celestial em Pequim.
A ativista Chow Hang-tung, de 36 anos, da Aliança de Hong Kong em Apoio a Movimentos Patrióticos Democráticos na China, hoje desmobilizada, foi presa um dia antes do aniversário do episódio, que aconteceu no dia 4 de junho, no ano passado.
A polícia proibiu as vigílias anuais em Hong Kong para homenagear as vítimas da Praça da Paz Celestial pelos últimos dois anos, citando restrições por conta do coronavírus.
Mas após os protestos em massa a favor da democracia em 2019, muitos ativistas viram as proibições como uma tentativa de impedir demonstrações de resistência a Pequim. As autoridades negaram que essa seja a razão.
Apesar da proibição, milhares acenderam velas por toda a cidade em 2020, e públicos menores fizeram o mesmo em 2021.
As acusações contra Chow são relacionadas a publicações em redes sociais com títulos como "Acender uma vela não é crime: manter-se firme", e por seu artigo no jornal Ming Pao intitulado "A luz de velas carrega o peso da consciência e o povo de Hong Kong persevera para contar a verdade".
A juíza Amuy Chan, na Corte de Magistrados de Kowloon Ocidental disse que concluiu que as publicações e o artigo tinham o objetivo de "encorajar, persuadir, fazer sugestões e pressionar membros do público" e "significam a incitação para que outros sabidamente participem de uma assembleia não autorizada".
Chan acrescentou que a assembleia causou um "risco à Saúde Pública".
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