Lula diz que no Brasil motivos para guerra na Ucrânia seriam resolvidos numa mesa de bar
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já foi considerado uma das grandes lideranças internacionais, apelou nesta quarta-feira (30) pelo fim da guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa, e frisou que os motivos para o conflito seriam resolvidos no Brasil em uma mesa de bar regada a cerveja.
Em evento internacional sobre igualdade e democracia na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), e para um público de mais de 5 mil pessoas, Lula afirmou sob aplausos que é preciso respeitar a soberania e a integridade territorial dos países e que as nações devem ser tratadas em igualdade de condições.
"Queria avisar pro Putin, para o presidente da Ucrânia, avisar para o Biden, avisar para os presidentes dos países europeus: parem com essa guerra, o povo precisa de paz", disse Lula em um discurso de quase uma hora, se referindo a Vladimir Putin, presidente da Rússia, Volodymyr Zelensky, líder da Ucrânia, e Joe Biden, presidente dos EUA.
No mesmo palco de Lula estavam o ex-chanceler Celso Amorim e outros políticos e ex-líderes internacionais. A ex-presidente Dilma Rousseff também esteve no evento.
"O povo quer emprego, quer salário, educação, vida e não quer morte. A quem interessa essa guerra?", questionou. "Essa guerra por tudo que eu compreendo, leio e escuto seria resolvida aqui no Brasil numa mesa tomando cerveja, se não na primeira, na segunda, se não na terceira, se não desse na terceira ia até acabar as garrafas para um acordo de paz", acrescentou.
Símbolos
O líder petista que aparece na frente nas pesquisas de opinião criticou a apropriação da bandeira nacional e a camisa da seleção brasileira pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Para Lula, essa tentativa se deve por Bolsonaro não ter partido, causa, hino ou mandamentos.
"Essa bandeira é nossa não é deles", afirmou Lula sacudindo uma bandeira do Brasil.
O ex-presidente fez ainda críticas à atuação do governo federal nas áreas internacional, da saúde e da educação.
"Se preparem por que nós vamos voltar a garantir o direito do povo trabalhador desse país", disse.
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