Otan vai aumentar número de tropas em alerta máximo para mais de 300 mil, diz secretário-geral
BRUXELAS (Reuters) - A Otan irá aumentar o número de tropas em alerta máximo em mais de sete vezes, para mais de 300 mil, afirmou o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, nesta segunda-feira, enquanto os aliados se preparam para adotar uma nova estratégia para descrever a Rússia como uma ameaça direta após quatro meses de guerra na Ucrânia.
A invasão russa da Ucrânia em fevereiro provocou uma mudança geopolítica expressiva no Ocidente, levando países antes neutros, como Finlândia e Suécia, a se inscreverem para aderir à Otan, e a Ucrânia a garantir o status de candidata formal a se juntar à União Europeia.
"A Rússia se afastou da parceria e do diálogo que a Otan tentou estabelecer com seu governo por muitos anos", afirmou o secretário-geral em Bruxelas, antes de uma cúpula da Otan que acontece durante a semana em Madri.
"Eles escolheram o confronto ao invés do diálogo. Lamentamos isso, mas é claro, precisamos responder a essa realidade", disse Stoltenberg a jornalistas.
A cúpula da Otan, entre 28 a 30 de junho, acontece em um momento crítico para a aliança, após fracassos no Afeganistão e por um período de discordância durante o mandato do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que ameaçou retirar Washington da aliança.
Stoltenberg disse que a Otan no futuro teria "bem mais de 300 mil" tropas em alerta máximo, em comparação com as 40 mil tropas que atualmente compõem a força de reação rápida da aliança, a Força de Resposta da Otan (NRF, na sigla em inglês).
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