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Chefe da usina nuclear de Zaporizhzhia é libertado, diz agência da ONU

Carros da ONU com especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica chegam a usina de Zaporizhzhia, na Ucrânia, para inspeção - ALEXANDER ERMOCHENKO/REUTERS
Carros da ONU com especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica chegam a usina de Zaporizhzhia, na Ucrânia, para inspeção Imagem: ALEXANDER ERMOCHENKO/REUTERS

François Murphy

03/10/2022 13h40Atualizada em 03/10/2022 13h54

O chefe da usina nuclear de Zaporizhzhia, ocupada pela Rússia, na Ucrânia, foi libertado, disse o chefe da agência nuclear da ONU, Rafael Grossi, nesta segunda-feira, após uma detenção que a Ucrânia atribuiu à Rússia e chamou de ato de terror.

A Ucrânia afirmou que uma patrulha russa deteve Ihor Murashov na sexta-feira enquanto ele viajava da maior usina nuclear da Europa para a cidade de Enerhodar, onde vivem muitos dos funcionários da usina. A equipe ucraniana continua operando a usina em condições que a Agência Internacional de Energia Atômica diz colocar a segurança em risco.

A AIEA disse no sábado que entrou em contato com "autoridades relevantes" sem mencionar a Rússia pelo nome e que foi informada de que Murashov estava em "detenção temporária".

"Saúdo a libertação de Ihor Murashov, diretor-geral da Usina Nuclear de Zaporizhzhya; recebi a confirmação de que Murashov voltou para sua família com segurança", afirmou Grossi no Twitter nesta segunda-feira.

Rússia e Ucrânia culparam-se mutuamente pelo bombardeio que danificou partes da usina, e a AIEA pediu o estabelecimento de uma zona de proteção ao redor do local para reduzir o risco de um acidente potencialmente catastrófico. Grossi deve manter conversações em Moscou e Kiev esta semana.

A AIEA disse no sábado que a detenção de Murashov "tem um impacto imediato e sério na tomada de decisões para garantir a segurança da usina", aumentando as preocupações de segurança existentes na instalação.