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Rússia diz que concluiu mobilização de 300 mil reservistas para lutar na Ucrânia

21.set.22 - Policiais russos detêm homens durante uma manifestação não sancionada, após ativistas da oposição convocarem protestos de rua contra a mobilização de reservistas ordenada pelo presidente Vladimir Putin, em Moscou, Rússia - REUTERS PHOTOGRAPHER/REUTERS
21.set.22 - Policiais russos detêm homens durante uma manifestação não sancionada, após ativistas da oposição convocarem protestos de rua contra a mobilização de reservistas ordenada pelo presidente Vladimir Putin, em Moscou, Rússia Imagem: REUTERS PHOTOGRAPHER/REUTERS

28/10/2022 12h21Atualizada em 28/10/2022 12h50

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse nesta sexta-feira que a "mobilização parcial" de 300.000 reservistas para lutar na Ucrânia que a Rússia anunciou em setembro foi concluída.

Falando em uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, transmitida pela televisão estatal, Shoigu afirmou a Putin: "A tarefa definida por você de (mobilizar) 300.000 pessoas foi concluída. Nenhuma outra medida está planejada".

Shoigu disse que dos 300.000 recrutas mobilizados, 218.000 permaneciam em treinamento, enquanto 82.000 foram enviados para a zona de conflito, dos quais 41.000 foram designados para unidades.

Segundo ele, no futuro, o recrutamento para a campanha na Ucrânia será baseado em voluntários e soldados profissionais, em vez de mobilizar mais dos vários milhões de reservistas da Rússia.

Putin declarou uma "mobilização parcial" de 300.000 reservistas em 21 de setembro, depois que derrotas militares fizeram com que as forças russas fossem expulsas da região de Kharkiv, no leste da Ucrânia, além de terem ficado sob crescente pressão na região de Kherson, no sul.

A medida desencadeou um êxodo de homens em idade militar da Rússia, com dezenas de milhares indo para países como Geórgia, Armênia e Cazaquistão, que permitem a entrada de russos sem vistos.

Mais de 2.000 pessoas foram presas em protestos contra a mobilização em toda a Rússia. Houve clamor público sobre casos de homens sendo mobilizados apesar de recomendações médicas ou falta de experiência militar.

Respondendo a Shoigu, Putin reconheceu os problemas com a mobilização, dizendo que eles eram "inevitáveis", e afirmou ser necessário fazer "correções" no desenvolvimento das Forças Armadas da Rússia.