Diretor financeiro de Trump pega 5 meses de prisão em caso de fraude fiscal
Por Karen Freifeld
NOVA YORK (Reuters) - Allen Weisselberg, antigo executivo de Donald Trump e principal testemunha de acusação no julgamento criminal da Trump Organization, foi condenado nesta terça-feira a cinco meses de prisão por ajudar a arquitetar uma ampla fraude fiscal na imobiliária do ex-presidente norte-americano.
Esperava-se que Weisselberg, de 75 anos, fosse enviado para a prisão de Rikers Island, em Nova York, depois de se declarar culpado, em agosto passado, por todas as 15 acusações que enfrentou em um acordo com promotores.
O ex-diretor financeiro da Trump Organization admitiu que, entre 2005 e 2017, ele e outros executivos receberam bônus e regalias que economizaram de forma fraudulenta o dinheiro da empresa e deles próprios e que ele evadiu impostos sobre 1,76 milhões de dólares de receitas.
A Organização Trump foi condenada no mês passado por todas as acusações que enfrentou em um julgamento conduzido pelo juiz Juan Merchan em um tribunal estadual de Nova York em Manhattan.
Na audiência de sentença desta terça, Merchan disse que se não tivesse concordado em agosto passado com uma pena de cinco meses para Weisselberg decorrente do acordo judicial, ele teria imposto uma sentença muito mais longa.
Merchan destacou Weisselberg por colocar sua esposa na folha de pagamento de Trump para que ela pudesse receber benefícios irregulares da previdência social. Outras vantagens para os Weisselbergs incluíam um luxuoso apartamento em Manhattan e vários veículos da Mercedes-Benz.
"A razão pela qual o tribunal considera isso tão ofensivo é que foi motivado pela ganância", embora Weisselberg já estivesse "ganhando mais de sete dígitos", disse Merchan.
Weisselberg também pagou cerca de 2 milhões de dólares em impostos, multas e juros como parte de sua punição.
(Reportagem de Karen Freifeld)
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