Badenoch se torna a 1ª mulher negra líder dos conservadores britânicos

Por Elizabeth Piper e Andrew MacAskill

LONDRES (Reuters) - Kemi Badenoch tornou-se a nova líder dos conservadores e a primeira mulher negra a presidir um grande partido político britânico no sábado, depois de vencer uma disputa pela liderança com a promessa de retornar a legenda aos seus princípios fundamentais.

Badenoch, 44 anos, substitui o ex-primeiro-ministro Rishi Sunak e se comprometeu a liderar o partido em um período de renovação após sua retumbante derrota nas eleições de julho na Grã-Bretanha, dizendo que o partido havia se desviado para o centro político ao "governar pela esquerda".

À direita do Partido Conservador, Badenoch provavelmente apoiará políticas para reduzir o Estado e desafiará o que ela diz ser um pensamento institucional de esquerda, afirmando que é hora de defender os princípios de liberdade de expressão, livre iniciativa e mercados livres.

Badenoch se torna a quinta líder dos conservadores desde meados de 2016, depois de obter 57% dos votos dos membros do partido na etapa final de uma disputa que durou meses e que reduziu o número de candidatos a dois. Ela venceu o ex-ministro da imigração, Robert Jenrick, que obteve 43% dos votos.

O primeiro-ministro trabalhista Keir Starmer saudou sua vitória, dizendo que "a primeira líder negra de um partido de Westminster é um momento de orgulho para o nosso país".

A própria Badenoch disse publicamente que prefere não se concentrar em sua raça.

Perguntada na conferência do Partido Conservador no início deste ano sobre como se sentiria ao se tornar a primeira mulher negra líder do partido, ela disse: "Sou alguém que quer que a cor de nossa pele não seja mais significativa do que a cor de nosso cabelo ou a cor de nossos olhos".

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