Papa Francisco quebra tradição de séculos e pede para ser enterrado em um 'simples caixão de madeira'
O papa Francisco, que evitou grande parte da pompa e do privilégio de liderar a Igreja Católica, decidiu que um simples caixão de madeira será suficiente quando chegar a hora do seu funeral.
Em um novo rito formal publicado nesta quarta-feira, o Vaticano afirmou que Francisco renunciará a uma prática de séculos em que o falecido papa é enterrado em três caixões interligados feitos de cipreste, chumbo e carvalho.
Em vez disso, Francisco será enterrado em um único caixão de madeira revestido de zinco.
O papa, quando morrer, também não será exibido em uma plataforma elevada, na Basílica de São Pedro, para os visitantes de Roma, como aconteceu com papas anteriores.
Os visitantes ainda serão convidados a prestar suas homenagens, mas o corpo de Francisco ficará dentro do caixão, com a tampa aberta.
Francisco, que completará 88 anos em 17 de dezembro, sofreu com problemas de saúde ocasionais nos últimos anos, mas pareceu em boa forma recentemente.
Ele agora usa uma cadeira de rodas para se movimentar por causa de dores no joelho e nas costas, mas realizou duas viagens exigentes em setembro e sediou uma grande cúpula de um mês de duração de líderes católicos no Vaticano em outubro.
O papa afirmou no ano passado que quer simplificar os ritos funerários elaborados por seus predecessores.
Francisco também anunciou que será o primeiro papa enterrado fora do Vaticano em mais de um século.
Em vez de ficar com outros 91 papas falecidos na Basílica de São Pedro, Francisco afirmou que quer ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, dedicada a Maria, Mãe de Deus.
Santa Maria é a igreja que Francisco tradicionalmente frequenta para rezar antes e depois de cada uma das suas viagens ao exterior.
O último papa enterrado fora do Vaticano foi Leão 13, que morreu em 1903 e está na Basílica de São João de Latrão, em Roma.
Três caixões foram tradicionalmente usados para enterrar os papas para criar uma vedação hermética em torno do corpo do pontífice falecido. Eles também permitem que objetos como moedas ou documentos emitidos pelo papa durante seu reinado sejam enterrados com o corpo.
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