Musk diz que parlamentares que votarem para evitar paralisação do governo deveriam perder eleições
WASHINGTON (Reuters) - O bilionário Elon Musk, aliado de Donald Trump, disse nesta quarta-feira que parlamentares que votarem a favor de uma medida para financiar o governo até meados de março deveriam perder seus mandatos nas eleições, o que pode complicar os esforços do Congresso dos EUA para evitar uma paralisação parcial do governo.
"Qualquer membro da Câmara ou do Senado que vota a favor desse ultrajante projeto de lei de gastos merece ser votado para sair do cargo daqui a 2 anos!", escreveu o presidente-executivo da Tesla em sua plataforma de rede social X.
O governo federal ficará sem dinheiro para financiar as operações no próximo sábado, a menos que o Congresso faça alguma coisa.
Musk gastou mais de 250 milhões de dólares para ajudar a impulsionar a eleição de Trump em novembro, e foi nomeado por ele, ao lado do seu colega empresário Vivek Ramaswamy, para liderar um painel consultivo para cortar gastos e tornar o governo mais eficiente.
O presidente republicano da Câmara, Mike Johnson, disse à emissora Fox News que havia dito a Musk e Ramaswamy na terça-feira que os republicanos detêm uma maioria estreita de 219 a 211 cadeiras na Câmara e não controlarão o Senado até o próximo mês. Ele disse que o projeto de lei é necessário para manter o governo operando até que Trump e seus pares republicanos tenham o controle total do Congresso e possam conduzir plenamente as mudanças maiores nos gastos que prometeram."Elon, Vivek e eu estamos em uma conversa por mensagem de texto juntos, e eu estava explicando a eles o contexto disso", disse. "Eles entendem a situação."
Outros parlamentares republicanos expressaram oposição ao projeto de lei, que deve ser aprovado até a noite de sexta-feira para evitar uma paralisação parcial que começaria no sábado, a menos que o Congresso aja.
O acordo provisório provavelmente manteria o Orçamento federal de cerca de 6,2 trilhões de dólares em seu nível atual e inclui 100,4 bilhões de dólares em novo auxílio para desastres, além de 10 bilhões de dólares em ajuda econômica para agricultores.
(Reportagem de Andy Sullivan e Susan Heavey; reportagem adicional de Doina Chiacu)
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