Na Nigéria, Macron diz que os franceses não conhecem a África de hoje
O presidente francês, Emanuel Macron, declarou à RFI, na noite desta quarta-feira (4), na cidade de Lagos, na Nigéria, que os franceses não conhecem a África de hoje. A declaração foi dada após um show de música nigeriana na histórica casa de espetáculos Shrine. O evento foi também a oportunidade para Macron lançar a temporada de culturas africanas a ser realizada na França em 2020.
Macron declarou que o objetivo da temporada de culturas africanas é “mudar o olhar recíproco. Isso quer dizer, primeiro, mostrar aos franceses o que é a África de hoje, porque eles não a conhecem. A maior parte dos nossos compatriotas que se voltam para a África olham com uma visão de arqueólogo ou de colecionador ocidental”. O presidente francês disse que quer que as conversas entre seu país e a África não sejam apenas sobre questões econômicas e de defesa, mas sobretudo baseadas em diálogos entre as sociedades civis.
Antes de chegar a Lagos, Macron tinha passado por Abuja, capital federal do país, onde conversou com o presidente nigeriano Muhammadu Buhari sobre questões de segurança e a luta contra o grupo terrorista Boko Haram.
Relação entre Macron e a Nigéria é antiga
Emanuel Macron é o primeiro presidente francês a visitar a cidade de Lagos. A relação do mandatário com o país africano é de longa data, já que ele viveu seis meses na Nigéria, enquanto realizava um estágio durante a faculdade na embaixada francesa em Abuja.
“Dizer que a Nigéria é um lugar familiar pra mim é um pouco demais, dado que tinha 15 anos que eu não vinha aqui. Mas eu realmente passei seis meses da minha vida entre Lagos e Abuja”, declarou o chefe de estado à RFI e também contou que foi muitas vezes ao Shrine e a outras casas de show do afrobeat.
O Shrine é considerado um marco do afrobeat do ícone nigeriano Fela Kuti. Localizada no centro histórico da megalópole nigeriana, a sala de concertos foi criada pelo artista, considerado inventor do Afrobeat, uma fusão de músicas funk, soul, jazz e africanas. "Este é um lugar icônico" e "vibrante", cumprimentou Macron.
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