Ministro da saúde da França diz que risco de covid ainda é alto; país realiza 700 mil testes por semana
Em uma entrevista para o semanário francês de domingo, o Journal du Dimanche (JDD), o ministro da Saúde francês, Olivier Véran, disse temer um aumento na contaminação dos mais jovens para os mais velhos e que a epidemia de covid-19 não acabou.
O ministro da Saúde francês, Olivier Véran, sublinhou neste domingo (23) que "a maioria das transmissões é feita agora em situações festivas, dos mais jovens para os mais velhos, eventos onde o distanciamento social e outras medidas de higiene não são respeitadas".
Isso ocorre enquanto a França registra um aumento no número de infecções por coronavírus nos últimos dias. "O vírus circula quatro vezes mais em pessoas com menos de 40 anos do que em pessoas com mais de 65", disse Véran ao jornal semanal JDD.
Véran disse que os jovens nem sempre apresentam sintomas óbvios, "o que significa que pensam que não são afetados".
Epidemia "nunca parou"
"Se a circulação do vírus se acelerar ainda mais entre os mais jovens, pode infectar os idosos, que mais vezes contraem as formas mais graves da doença", disse o ministro. "Devemos evitar a todo custo esta situação que colocaria nosso sistema de saúde sob pressão e seria extremamente problemática".
Tem havido na França uma preocupação de que os jovens continuem a agir de maneira despreocupada, por exemplo, não usando máscaras em locais públicos lotados, desrespeitando uma regra que agora é aplicada na maioria das grandes cidades da França.
A epidemia "nunca parou", continuou Olivier Véran. "Ele só foi monitorada durante o confinamento e, em seguida, houve o alívio progressivo do isolamento."
700.000 testes por semana
"Estamos em uma situação de risco", disse ele, acrescentando que 3.602 novas infecções positivas foram confirmadas no sábado (22) pelas autoridades de saúde na França. Houve ainda 4.771 novos casos na quinta-feira e 4.586 na sexta-feira.
Ele também refutou qualquer noção de que o vírus de alguma forma havia se transformado em uma versão menos perigosa, abordando os rumores. "Não há nenhum argumento científico para apoiar essa teoria", disse ele, enfatizando a necessidade de extrema vigilância. "O risco é que, depois de retirar com cuidado a tampa da panela, a água volte a ferver".
Ele acrescentou que a França está agora à frente de outros países europeus, como Alemanha, Itália e Espanha, quando se trata de testes. "Acabamos de ultrapassar a marca de 700.000 testes por semana", disse ele, "o que representa um pouco mais de 1% da população." "Poderíamos chegar a 1 milhão de testes por semana, se necessário", afirmou.
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