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Em crise provocada por pandemia, Lufthansa ameaça demitir 30 mil funcionários

26/10/2020 11h47

A maior companhia de aviação comercial da Europa pode demitir milhares de funcionários devido à queda do tráfego aéreo provocada pela pandemia de Covid-19. Segundo o presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, a intenção com os cortes é poder é preservar até 130 mil vagas. 

A maior companhia de aviação comercial da Europa pode demitir milhares de funcionários devido à queda do tráfego aéreo provocada pela pandemia de Covid-19. Segundo o presidente da Lufthansa, Carsten Spohr, a intenção com os cortes é poder é preservar até 130 mil vagas.

O grupo já havia anunciado em setembro que poderia acabar com mais vagas além das mais de 22 mil previstas no primeiro semestre. Nesta segunda-feira (26), o presidente da companhia declarou que, depois de um verão que "trouxe esperanças", a atividade atualmente sofre um impacto semelhante ao do período do confinamento.

A tímida retomada do tráfego aéreo entre junho e agosto despencou novamente com o aumento do número de contaminações e as restrições na Europa. "O inverno deste ano será um imenso desafio para a empresa", declarou Spohr, que também controla as companhias Austrian Airlines, Swiss e Brussels Airlines.

125 aviões estacionados

A Lufthansa perde atualmente ? 1 milhão a cada duas horas - o dobro em relação ao início da pandemia. Por isso, o grupo deve intensificar seus esforços para continuar a reduzir seus custos, disse o executivo. Para o inverno europeu, que acaba em fevereiro, a companhia espera ter um volume de apenas um quinto de atividade, se comparado ao ano passado.

A empresa também anunciou que vai deixar estacionados 125 aviões de sua frota de 763 aeronaves, e manterá apenas um quarto de seus voos. "Temos que partir do princípio que as consequências da pandemia serão ainda terão impacto nos próximos anos", diz Spohr.

A Lufthansa estima que suas perdas no terceiro trimestre cheguem a ? 1,26 bilhão. Em junho, a empresa beneficiou de plano de ajuda de ? 9 bilhões do governo alemão, que agora detém 25% das ações do grupo.