França faz homenagem nacional a policial morta em ataque de Rambouillet
A cerimônia aconteceu nesta sexta-feira (30) em Rambouillet, na região parisiense, e foi presidida pelo primeiro-ministro francês Jean Castex. Stéphanie Monfermé foi assassinada a facadas na sexta-feira (23) da semana passada na porta da delegacia de polícia da cidade, onde ela trabalhava há 23 anos. A policial recebeu, a título póstumo, a Legião de Honra, a mais alta condecoração francesa.
A homenagem nacional foi organizada exatamente uma semana depois do ataque contra a policial francesa por um homem radicalizado. Uma foto em preto e branco de Stéphanie Monfermé foi colocada diante do monumento aos mortos de Rambouillet. A cerimônia reuniu familiares, antigos colegas de trabalho, representantes do governo e parlamentares, assim como líderes políticos de várias tendências, como Marine Le Pen, da Reunião Nacional de extrema direita, ou Olivier Faure, do Partido Socialista.
Fazia frio, a manhã estava cinzenta, e o silêncio era absoluto. Nesse clima, um de seus ex-colegas policiais lembrou que "Stéphanie era uma mulher discreta, boa camarada, e apaixonada pela dança country".
Castex denuncia "fanatismo sanguinário"
Na sequência, foi a vez do primeiro-ministro Jean Castex homenagear a policial. "Ela foi assassinada porque servia seu país, porque estava a serviço da França. O terrorismo islâmico não é nada mais do que um fanatismo sanguinário. Este fanatismo nos declarou guerra, mas esta é uma guerra covarde", declarou o premiê.
Castex denunciou um "insulto cruel feito a todas as pessoas que acreditam em Deus", ressaltando o "o ignóbil crime de Rambouillet mergulhou todo mundo em um imenso terror". Ele concluiu lamentando "mais uma morte indevida pois qualquer ataque contra a República é uma ferida inaceitável para a comunidade nacional".
Stéphanie Monfermé recebeu, a título póstumo, a Legião de Honra e a medalha de Honra da Polícia Nacional. A cerimônia foi retransmitida em um telão, colocado no meio da rua, e acompanhada por dezenas de moradores de Rambouillet.
O agressor da policial, um imigrante tunisiano de 36 anos, era desconhecido dos serviços de polícia e da Justiça. No entanto, as primeiras investigações apontam que sua ação corresponde às orientações do grupo Estado Islâmico de atacar as forças de ordem. O suspeito terrorista foi morto por policiais durante o ataque.
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