Jogos da Eurocopa preocupam líderes europeus com avanço da variante Delta
A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, pediram "prudência" nesta sexta-feira (18) durante os jogos da Eurocopa, diante do avanço da variante Delta e o risco de uma nova onda epidêmica no continente europeu.
"Não podemos agir como se a epidemia de coronavírus já tivesse ficado para trás", declarou a chanceler alemã, Angela Merkel, durante uma coletiva de imprensa, antes de um jantar de trabalho em Berlim com o chefe de Estado francês, Emmanuel Macron.
Este é um dos últimos encontros entre os dois líderes antes de Merkel deixar o cargo, no outono europeu. Ela está há 16 anos no poder. O chefe de Estado francês foi o primeiro dirigente estrangeiro convidado para uma reunião presencial na capital alemã neste ano, em razão da crise sanitária.
"Quando vejo os estádios cheios em outros países da Europa, fico um pouco perplexa", criticou, em referência à Hungria, o único país onde nenhuma restrição em relação ao número de torcedores foi estabelecida para controlar as contaminações.
Questionada sobre os riscos eventuais associados às semifinais em Wembley, no Reino Unido, onde a variante Delta provoca uma onda epidêmica, o presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu "vigilância."
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, declarou nesta sexta-feira (18) que sua prioridade é a "saúde pública".De acordo com o jornal The Times, Johnson estuda a possibilidade de isentar cerca de 2.500 pessoas (membros da UEFA, ou da FIFA, patrocinadores, emissoras) da quarentena para as semifinais e a final, agendadas para 6, 7 e 11 de julho em Londres.
Segundo a imprensa local, alguns ministros temem que a UEFA leve estes três jogos para Budapeste, se não for proposta alguma isenção.
Aumento de hospitalizações
A Agência de Segurança Sanitária Britânica (PHE) registrou 33.630 novos casos da variante Delta na semana do 16 de junho, contabilizando, no total, 75.953 infecções no país ligadas a essa variante.
Os dados representam um aumento de 79% em relação à semana anterior. "O número de casos aumenta rapidamente em todo o país e a Delta agora é dominante", alertou Jenny Harries, diretora do PHE. Ela lembrou que as hospitalizações e as mortes não seguem o mesmo ritmo, o que é uma boa notícia, "mas a situação deve ser acompanhada de perto."
Por conta do avanço da variante Delta, a Inglaterra adiou em um mês a reabertura total do país. Segundo dados da Agência Sanitária britânica, até o dia 14 de junho, 806 pessoas haviam sido hospitalizadas depois de contraírem a variante Delta.
Desse total, 527 não tinham sido vacinados e 84 tinham recebido duas doses das vacinas disponíveis - mas não se sabe se antes dos 15 dias necessários para a que a segunda injeção faça efeito.
Com informações da AFP
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