Ofensiva rebelde para tomar reduto do governo no Iemên deixa dezenas de mortos
Pelo menos 65 combatentes morreram e 50 pessoas ficaram feridas nas últimas 48 horas em novos confrontos entre as forças governamentais e os rebeldes houthis nas província de Marib, no norte do Iêmen. A região é o último reduto do governo no país, alvo de uma ofensiva dos combatentes, iniciada em fevereiro.
De acordo com informações do Exército, 22 soldados e 43 rebeldes morreram nos combates. Desde a tomada da capital Sanaa, em 2014, os rebeldes, aliados aos xiitas do Irã, conquistaram a maior parte do território. O governo iemenita tem o apoio de uma coalizão militar dirigida pela Arábia Saudita, sunita, um dos maiores rivais de Teerã.
A capital da província de Marib, que tem o mesmo nome, estava sitiada há meses e ocupá-la era um dos maiores objetivos militares dos houthis. Os combates na região já deixaram centenas de mortos e se tornaram mais intensos nas últimas semanas, com ataques rebeldes de posições estratégicas do governo, em torno da cidade.
Em seguida, os houthis conseguiram avançar nas áreas no sul da cidade de Marib, apesar da ofensiva aérea saudita que apoiava as tropas do governo. A maior parte dos combatentes houthis que morreram nos últimos dias foram vítimas desses bombardeios.
Paralelamente, os rebeldes lançam periodicamente mísseis e drones na direção do território saudita, visando aeroportos e petrolíferas. Recentemente, os eles rejeitaram uma proposta de cessar-fogo dos sauditas, exigindo que retirassem o embargo aéreo e marítimo sobre o Iêmen.
Comunidade internacional tenta obter trégua
Diante dos deslocamentos da população e o temor de uma catástrofe humanitária, agravados pelos combates em Marib, os apelos internacionais por uma trégua se multiplicam.
A ONU e os Estados Unidos têm feito esforços diplomáticos para retomar o diálogo entre governo e rebeldes para colocar fim à guerra, que já deixou milhares de mortos e gerou uma das piores crises humanitárias do mundo, segundo as Nações Unidas. Os combates acontecem em um momento de transição, com a posse de Hans Grundberg, o novo emissário sueco da ONU para o Iêmen.
Ele substituirá o britânico Martin Griffiths, que em junho declarou, no Conselho de Segurança da organização, ter fracassado na tentativa de colocar um fim à guerra no país. Ele ficou no cargo três anos.
(Com informações da AFP)
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