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França vai suspender passaporte de 400 mil pessoas que recusam dose de reforço

Governo francês vai suspender, a partir de amanhã, o passaporte sanitário de cerca de 400 mil franceses com mais de 65 anos que ainda não receberam a dose de reforço da vacina - Charles Platiau/Reuters
Governo francês vai suspender, a partir de amanhã, o passaporte sanitário de cerca de 400 mil franceses com mais de 65 anos que ainda não receberam a dose de reforço da vacina Imagem: Charles Platiau/Reuters

14/12/2021 09h27

Cerca de 400 mil franceses com mais de 65 anos ainda não receberam a dose de reforço da vacina anticovid. A partir desta quarta-feira (15), eles deverão ter seus passaportes sanitários cancelados.

As regras foram anunciadas na último pronunciamento do presidente francês, Emmanuel Macron, em 9 de novembro. Segundo ele, os cidadãos com mais de 65 anos que tivessem completado sete meses da última dose da vacina anticovid precisariam receber imperativamente a injeção de reforço até 15 de dezembro, caso não quisessem ter seus passaportes sanitários cancelados.

Faltando um dia para o final do prazo, as autoridades francesas anunciaram que dezenas de milhares de franceses ainda não ouviram o apelo. Dos cerca de 8,5 milhões de cidadãos com mais de 65 anos na França, 400 mil não haviam recebido a dose de reforço até esta terça-feira (14).

Eles representam 5% das pessoas nesta faixa etária e têm prioridade para a vacinação na França. Sem a necessidade de reservar horário, como ocorre hoje com os mais jovens, os franceses com mais de 65 anos de idade podem se imunizar em qualquer centro de vacinação do país, sem nenhuma restrição ou exigência.

Nenhuma mudança de planos prevista

Faltando poucas horas para o fim do prazo estabelecido pelo governo, nenhuma mudança parece estar sendo considerada até o momento. Na última sexta-feira (10), o ministro francês da Saúde, Olivier Verán, declarou que está otimista em relação à meta estabelecida pelo Executivo de 20 milhões de pessoas vacinadas com a dose de reforço até o Natal.

Nesta terça-feira, o primeiro-ministro Jean Castex e o porta-voz do governo Gabriel Attal se pronunciaram sobre a propagação da variante ômicron no território francês, sem mencionar, no entanto, uma possível extensão da data limite para a dose de reforço às pessoas com mais de 65 anos.

"Temos um pouco mais de 130 casos da variante ômicron", declarou Attal à emissora Franceinfo. "A crise sanitária continua, temos que ser vigilantes, responsáveis, atentos, respeitar as recomendações e nos vacinar", insistiu Castex.

Sem o passaporte sanitário, os cidadão franceses não podem frequentar locais culturais, eventos artísticos ou esportivos, entrar em bares e restaurantes ou viajar de trem e avião. Segundo o governo, a partir de 15 de janeiro de 2022, todos os adultos que tiveram a última dose da vacina há mais de sete meses também não poderão contar mais com o documento. As autoridades garantem que o mecanismo será reativado logo que a injeção de reforço for aplicada.