Agência Europeia libera vacina contra variante ômicron, mas deixa de fora subvariantes
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) autorizou, nesta quinta-feira (1°), as primeiras vacinas contra a Covid-19 visando especificamente a variante ômicron. Por enquanto, apenas o imunizante contra a subvariante BA.1 foi outorgado, e não as subvariantes mais recentes BA.4 e BA.5, indica um comunicado da reguladora europeia.
A EMA realizou uma reunião extraordinária nesta quinta para abordar o tema, depois de os Estados Unidos aprovarem, na quarta-feira (31), as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna contra as subvariantes.
Os imunizantes direcionados à ômicron já eram aguardados pelos países europeus para que possam lançar campanhas de reforço vacinal mais eficazes antes de um temido retorno de casos de Covid-19 no inverno, em dezembro.
As duas vacinas "bivalentes" que receberam o acordo da EMA visam a cepa original do coronavírus, que surgiu na China em 2019, e a subvariante BA.1. No entanto, elas não têm como alvo as linhagens contagiosas BA.4 e BA.5 da variante ômicron, que surgiram nos últimos meses e se tornaram as cepas dominantes no mundo.
Por outro lado, a EMA disse recentemente que estudava a aprovação "já no outono" de uma vacina Pfizer/BioNTech contra a Covid que seria eficaz contra as duas subvariantes.
As autoridades de saúde dos Estados Unidos autorizaram nesta semana a nova versão das vacinas Covid-19 da Pfizer e Moderna visando especificamente as linhagens BA.4 e BA.5. Em meados de agosto, o Reino Unido aprovou a vacina Moderna visando a cepa BA.1 da ômicron.
Nova onda
Atualmente, os estados-membros da União Europeia ainda estão usando as mesmas vacinas contra o coronavírus aprovadas há dois anos, para uso contra a cepa original do vírus. Elas oferecem alguma proteção contra a ômicron e suas subvariantes - que são menos prejudiciais, mas mais contagiosas do que a cepa original.
O mundo espera por vacinas mais direcionadas e eficazes, temendo uma nova onda de contágios nos próximos meses.
A ômicron e suas subvariantes foram dominantes ao longo de 2022, rapidamente substituindo as variantes alpha e delta, anteriores. As subvariantes BA.4 e BA.5 foram responsáveis por uma onda de novos casos na Europa e nos Estados Unidos nos últimos meses.
Todas as variantes da ômicron tendem a ter um curso mais brando da doença, ao se instalarem menos nos pulmões e mais nas fossas nasais superiores, causando sintomas como febre, fadiga e perda do olfato.
A EMA disse que sua revisão das vacinas adaptadas da Pfizer e da Moderna se concentrou em dados de estudos de laboratório e testes sobre a resposta imune contra a cepa original e contra a variante ômicron.
Com informações da AFP
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