Armandinho Macêdo retorna à Europa com sua "música alegre, em clima de carnaval"

O músico baiano Armandinho Macêdo está de volta ao cenário cultural da Europa. Instrumentista, cantor e compositor, ele conversou com a RFI e falou sobre a turnê que vem fazendo neste mês de julho pelo continente europeu, com apresentações na França e em Portugal, com a banda "A Cor do Som".

Por Renan Tolentino

Nesta sexta-feira (12), Armandinho faz um show solo em Paris, na sala La Marbrerie. Com seu estilo descontraído e animado, o músico explica que em suas apresentações o público pode esperar sempre um clima de carnaval, com um toque bem baiano.

"Tenho um clima muito festivo. A minha música traz esse clima alegre, a música de carnaval, a música para dançar. O brasileiro, que é carnavalesco, principalmente o baiano, tem uma relação muito forte com a música que eu faço e é isso que eu venho fazendo. Trago um repertório do 'A Cor do Som' e um clima de trio elétrico", explica.

Receptividade em Portugal

Ao lado da banda "A Cor do Som", da qual foi um dos fundadores na década de 1970, o baiano se apresentou na quarta-feira (10), no Festival Jardins do Marquês, em Oeiras, Portugal, abrindo o show de Djavan. Na próxima sexta (19), ele faz novo show com o grupo em solo português, em outro evento, no Festival Mimo, em Amarante.

"O retorno ao cenário europeu está sendo maravilhoso. A relação com a música portuguesa sempre foi muito próxima para mim, pelos instrumentos e pela linguagem. É muito bacana voltar lá (a Portugal) e tocar de uma forma já renovada. Vou sempre fazendo essa fusão com a música do mundo, com tudo com o que me relacionei e me relaciono até hoje e tenho tido uma aceitação muito grande. Essa linguagem atualiza a música que eu faço através do tempo e coloca em dia, porque me relaciona diretamente com o jovem, com a música nova", avalia o artista.

Influência do pai

Filho de Osmar Macêdo, um dos criadores do trio elétrico, elemento tão presente no carnaval da Bahia, Armandinho começou no mundo da música ainda quando garoto, aos 10 anos, incentivado justamente pelo pai, uma de suas grandes referências na carreira. O artista baiano também falou sobre a veia artística e a inventividade presente no DNA da família.

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"Venho de uma família que inventava as formas de tocar. Não me limitei somente em comprar os instrumentos na loja. Fui buscar o instrumento na forma que eu queria... queria fazer do meu cavaquinho, a minha guitarra. Então passei a transformar os instrumentos", conclui o artista, inventor da guitarra baiana.

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