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Tales: 'Rei dos raivosos', Carlos Bolsonaro tem cada vez menos importância

Carlos Bolsonaro continua agindo ferozmente na defesa de seu pai, Jair, mas tem se tornado um personagem cada vez mais irrelevante dentro do cenário político, disse o colunista Tales Faria no UOL News desta segunda (5).

Ontem (4), Carlos usou as redes sociais para criticar Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, por não apoiar Bruno Engler, candidato do PL à prefeitura de Belo Horizonte. Zema esteve ao lado do ex-prefeito Alexandre Kalil para lançar a candidatura de Mauro Tramonte (Republicanos).

Carlos se acha proprietário do pai contra a Michelle, às vezes contra um irmão e especialmente contra os aliados. Ele acha que elegeu o pai em 2018, e realmente teve um trabalho importante com o uso de fake news, de sensacionalismo e de um linguajar maluco que não entendemos muito. Isso fez sucesso na internet.

Havia ainda o Olavo de Carvalho e o [Abraham] Weintraub [ministro da Educação no governo Bolsonaro], essa turma raivosa. Carlos era o 'rei dos raivosos' e continua na mesma toada. Para ele, liberal é progressista, mas do ponto de vista econômico, apoiava Paulo Guedes.

O linguajar dele é confuso, mas o que dá para entender sempre é que Carlos trabalha com o fígado e a bílis do pai. Quando Jair precisa soltar a bílis em alguém, lá está Carlos para jogar no ventilador. Tales Faria, colunista do UOL

Na visão de Tales, Carlos é o membro do clã Bolsonaro com menor possibilidade de se manter na cena política conforme aumentam os problemas de Jair na Justiça.

Carlos tem cada vez menos importância política, à medida em que o pai se tornou inelegível e, possivelmente, vai acabar na prisão.

Michelle ainda sobrevive, e talvez Flávio e Eduardo também. Mas a tendência é de Carlos ir para o lixo da História. Tales Faria, colunista do UOL

Tales: Bolsonaro deve se colocar sobre Marçal, que usa tática bolsonarista

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Tales disse também que a postura de Pablo Marçal (PRTB), que usou táticas do bolsonarismo ao oficializar sua candidatura à prefeitura de São Paulo, exige um posicionamento explícito de Jair Bolsonaro.

Durante a convenção do seu partido, Marçal subiu o tom das críticas contra Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição e que conta com o apoio de Bolsonaro, e Guilherme Boulos (PSOL)

Já era hora de Bolsonaro falar 'vote no Marçal' ou 'não vote no Marçal' aos aliados e aos bolsonaristas.

Se Marçal vier com acusações a Nunes, Bolsonaro precisará muito se colocar de fato, e não apenas dizer que indicou o vice. O ex-presidente precisa se colocar em relação a este tipo de candidatura, que imita a do próprio Bolsonaro, fazendo sensacionalismo, arrumando modos de chegar às manchetes e ter destaque na mídia.

Marçal segue a mesma trilha. Bolsonaro precisará se colocar em relação a esse candidato, que se diz bolsonarista e usa a tática bolsonarista. Tales Faria, colunista do UOL

Josias: Marçal tenta arrastar disputa eleitoral em SP para a lama

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Ao comentar a convenção que oficializou Marçal como nome do PRTB na disputa municipal, o colunista Josias de Souza disse que a baixaria deve permear a participação do candidato na disputa eleitoral.

Na cerimônia, Marçal elevou o tom das críticas a Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL). O empresário ainda afirmou, sem apresentar qualquer prova, que dois de seus adversários "são cheiradores de cocaína" e que "revelará os nomes deles no debate".

Marçal percorreu a convenção como se estivesse em um ambiente virtual das redes sociais. Faz acusações que não consegue demonstrar e promessas que caem no vazio. Ele desqualifica seus adversários até de forma irresponsável. Faz a crítica sem identificar o alvo; diz até que 'tem cheirador de cocaína, pelo menos dois'

Ele está tentando puxar a disputa para a lama e usa uma técnica muito usual entre os mais desqualificados que fazem política nas redes sociais. Levanta-se uma suspeição sem dizer nomes. Para chamar a atenção, aposta na desqualificação. Diz que tem 'cheiradores de cocaína' depois de uma sequência de ataques a Boulos e Nunes.

O mais grave não é a forma como Marçal se apresenta, mas o fato de que esta desqualificação tem audiência na principal cidade do país. Ele tem uma quantidade de votos a esta altura que não é negligenciável. Seria melhor para ele e para a cidade de São Paulo que o nível da campanha fosse minimamente elevado. Josias de Souza, colunista do UOL

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

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Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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