Donald Trump é ferido em atentado a tiros durante comício na Pensilvânia; suspeito foi abatido

No final da tarde desta sábado (12), Donald Trump havia acabado de subir ao cenário do comício de sua campanha em Butler, na Pensilvânia, quando disparos começaram a ser ouvidos e um deles passou de raspão pela orelha direita do ex-presidente. Suspeito de 20 anos foi abatido pelas forças de segurança. 

Luciana Rosa correspondente em Nova York

Uma das pessoas que assistia ao comício foi morta e duas outras gravemente feridas pelos disparos saídos de um rifle AR-15, arma portada pelo atirador, que foi abatido pelas forças de segurança em seguida.

Após o susto, ao qual Trump reagiu levantando o punho cerrado clamando ao público para continuar lutando, o ex-presidente foi retirado do local para receber ajuda médica. Pouco tempo depois, o Serviço Secreto disse que Trump estava a salvo e sob medidas protetivas, um de seus assessores de campanha confirmou que Trump estava bem.

Horas mais tarde, Trump usou sua plataforma nas redes sociais para comentar o evento e dar as condolências às famílias da pessoa morta e dos feridos no tiroteio."É incrível que tal ato possa ocorrer em nosso País", disse o ex-presidente. Comentando que nada se sabe até o momento sobre o atirador.

Trump disse que soube imediatamente que algo estava errado, pois ouviu um zumbido, tiros e sentiu a bala rasgando sua pele. "Houve muito sangramento, então percebi o que estava acontecendo", completou.

Instantes antes, Joe Biden havia feito um curto discurso desde a casa de praia que ele mantém em Delaware, condenando o ato de violência. O mandatário disse que havia tentado entrar em contato com Donald Trump, mas foi informado de que ele estava passando por uma revisão médica. Ainda na noite de sábado, o presidente retornou à Casa Branca para acompanhar os desdobramentos do incidente ocorrido na Pensilvânia. Antes de partir, porém, ele finalmente conseguiu se comunicar com Donald Trump por telefone, além de ter conversado com o governador da Pensilvânia Josh Shapiro e o prefeito de Butler, Bob Dandoy.

O tiroteio será investigado como uma tentativa de assassinato.

O FBI disse em coletiva que está tentando verificar o DNA do suspeito. 

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Segundo o New York times, o FBI identificou o suspeito como Thomas Matthew Crooks,  de 20 anos, sem ficha criminal na Pensilvânia. Ele era afiliado ao partido Republicano, o mesmo de Trump.  

O atentado contra o atual candidato à presidência coloca dúvidas sobre a dinâmica que terá a Convenção Nacional do Partido Republicano começa na próxima segunda-feira.

Repercussão do incidente

Após o atentado, o presidente Lula comentou através do X, antigo Twitter, que "o atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável."

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou o ataque e disse que o governo deseja a "pronta recuperação do ex-presidente".

O ex-presidente Jair Bolsonaro,que mantém uma relação próxima com Trump, também manifestou solidariedade  a quem chamou "maior líder mundial do momento".

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Barack Obama disse nas redes sociais que se sentia aliviado por Trump não ter sido gravemente ferido e que  "não há nenhum lugar para a violência política na nossa democracia".

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que ele e sua família estão "chocados com o aparente ataque ao presidente Trump".

A deputada democrata Nancy Pelosi, abertamente crítica à Trump durante o período de sua presidência, quando ela era líder da Câmara e cujo marido foi atacado em sua casa em 2022 por um agressor que a procurava também se manifestou. Nas redes sociais, ela disse "que nenhum tipo de violência política pode ter  lugar em nossa sociedade." e agradeceu a "a Deus que o ex-presidente Trump esteja seguro".

O candidato independente, Robert F. Kennedy Jr., relembrou os assassinatos de seu pai, Robert F. Kennedy, em 1968, e de seu tio, o presidente John F. Kennedy, em 1963, em entrevista para o canal Fox News. O candidato disse que a nação precisa baixar o tom. "Não podemos permitir que nosso país se transforme em violência", disse ele.

Apenas minutos após a notícia do atentado ganhar as redes, o bilionário Elon Musk afirmou que apoiará Trump em sua candidatura à Casa Branca e que espera sua rápida recuperação.

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