Conteúdo publicado há 1 mês

Jornalistas russos têm credencial negada para Olímpiadas; Kremlin reage

O Kremlin qualificou uma "violação à liberdade de imprensa" após cinco jornalistas russos terem seus credenciamentos negados para as Olimpíadas de Paris 2024. Este é mais um episódio de impasses entre a França e a Rússia, que vivem um momento de tensão diplomática, atualmente devido ao conflito na Ucrânia.

"Consideramos essa decisão como inaceitável e uma violação à liberdade de imprensa", afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, durante uma coletiva de imprensa.

Os jornalistas fazem parte da agência russa de notícias Ria Novosti, que anunciou nesta segunda-feira (22), que cinco de seus profissionais tiveram negadas suas solicitações de credenciamento ao comitê organizador dos Jogos.

O comitê explicou, segundo uma mensagem divulgada pela agência estatal, que as solicitações foram rejeitadas após uma análise, em virtude do "código de segurança interna" francês, do "órgão administrativo competente", que emitiu uma "opinião desfavorável". A agência russa alega que o comitê é composto por empregados dos ministérios do Interior e das Relações Exteriores da França.

Suspeitas de interferência e espionagem

O ministro do Interior da França, Gérald Darmanin, disse em uma entrevista ao Journal du Dimanche, no sábado (20), que "menos de cem pessoas" suspeitas de interferência tiveram seus acessos recusados aos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

Elas estavariam "sob diferentes disfarces", alega o ministro. "Jornalistas, equipe técnica, fisioterapeutas...", disse Darmanin, acrescentando que eles vieram da Rússia, Belarus, "mas também de outros países".

"Além da inteligência e espionagem tradicionais, existe a possibilidade de acessar gateways em redes de computadores para realizar um ataque cibernético", explicou.

"Recusamos um grande número de 'jornalistas' que queriam cobriro evento, mas aceitamos a presença de russos que trabalhavam para o Comitê Olímpico Internacional (COI). Aplicamos o princípio da precaução", acrescentou Darmanin.

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(Com AFP)

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