Discursos de Bolsonaro x Mandetta: a contradição do governo acerca do coronavírus
Faz um mês que o primeiro caso de coronavírus foi descoberto no Brasil. A pandemia chegou ao país por meio de pessoas que viajaram para o exterior (é assim que epidemias se tornam globais e passam a se chamar pandemias). Hoje, praticamente o mundo todo está em quarentena, vivendo em isolamento social, conforme orientação da Organização Mundial de Saúde e dos principais órgãos especialistas em infectologia do planeta. Oficialmente já são 2915 casos e 77 mortes no país. Os números aumentam diariamente. E um dos pontos mais marcantes deste mês que passou foi a contradição entre os discursos do presidente Jair Bolsonaro e o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS).
Para Bolsonaro, existe um exagero por parte da comunidade científica acerca do poder destruidor do vírus. O presidente já o classificou como uma "gripezinha" e um "resfriadinho". Chegou a acusar a China de criar a doença em laboratório (algo que já desmentido pela imprensa mundial) e de haver interesses econômicos por trás das orientações de isolamento social. Já Mandetta, que é médico, se posicionou sempre ao lado dos colegas de profissão e cientistas, defendendo a quarentena em casa, o home office quando possível, e alertando quase que diariamente para o perigo do coronavírus. O ministro apenas amenizou o tom de sua fala depois que seu chefe fez um pronunciamento em rede nacional na última terça-feira, quando reforçou sua posição contra o isolamento social, alegando que tal medida vai quebrar a economia do país.
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