Em sete dias, operação prende 51 e apreende apenas meio quilo de crack em São Paulo
A operação que atua na região da "cracolândia", no centro de São Paulo, iniciada no último dia 3 e que completa hoje uma semana, prendeu 51 pessoas, segundo o último boletim divulgado pela Polícia Militar. Dos presos, 28 eram condenados pela Justiça. A ação retirou até o momento apenas meio quilo de crack (0,447 kg no total) de circulação no local --o que representaria o consumo de apenas um dia entre os usuários da cracolândia, segundo estimativa de especialistas ouvidos pela Folha.
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Segundo o site HowStuffWorks, cada pedra de crack pode ter entre 1 a 5 gramas. A polícia não informa quantas pedras foram encontradas.
O UOL questionou a assessoria de imprensa da PM sobre a quantidade de droga apreendida, mas ainda não obteve uma resposta oficial do órgão. Informalmente, um policial afirmou à reportagem que toda apreensão passa por análise antes de ser contabilizada como droga, com isso o número atual poderia não corresponder ao total já apreendido.
A operação, que conta com policiais e órgãos estaduais e municipais ligados à segurança, saúde e assistência social, também retirou 61,3 toneladas de lixo das ruas.
Ainda segundo balanço da PM, foram realizadas até o momento 2.869 abordagens policiais. Os agentes de saúde realizaram 812 abordagens e encaminharam 34 pessoas para serviços de saúde, nove para hospitais e 47para internação.
Segundo reportagem publicada na Folha de hoje, quase uma semana depois de a PM deflagrar a operação, traficantes ainda atuam à luz do dia na região. Ontem (9), por volta das 11h, a reportagem do jornal flagrou um grupo de pessoas vendendo e consumindo crack no cruzamento das ruas Guaianases e Aurora, mesmo com a região ocupada por mais de cem homens da PM e da Guarda Civil Metropolitana.
Imagens também mostram que os usuários se dispersaram para áreas no entorno da cracolândia.
Também em reportagem publicada hoje, o jornal "Agora S.Paulo" mostrou que usuários de crack levados em vans da Secretaria Municipal da Assistência Social para a AMA (Assistência Médica Ambulatorial) Boracea, na Barra Funda, esperaram ontem por oito horas para serem transferidos para clínicas de tratamento. Como não conseguiram vaga, voltaram para a cracolândia.
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