Corpos de vítimas de desabamento no Rio começam a ser enterrados
Os corpos das vítimas do desabamento de três prédios no centro do Rio de Janeiro, ocorrido na noite de quarta-feira (25), começam a ser enterrados hoje (27). Celso Renato Braga Cabral, 44, que era chefe de Recursos Humanos da empresa TO, foi enterrado às 10h30 no Cemitério do Maruí, em Niterói, na região metropolitana da capital, e Cornélio Ribeiro Lopes, 73, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, zona sul da cidade. Ele era porteiro do Edifício Liberdade, de 20 andares, o primeiro a desabar.
Permanecem no Instituto Médico-Legal (IML) os corpos de Margarida Vieira de Carvalho, 65, mulher do porteiro Cornélio; de Nilson de Assunção Ferreira, 50; Alessandra Alves Lima, 29, e mais uma mulher ainda sem identificação.
O sétimo corpo encontrado nos escombros dos prédios no início da manhã de hoje, que também não foi identificado, já chegou ao IML.
Parentes de vítimas do desabamento que chegam ao IML, na zona portuária, estão sendo encaminhados para uma sala, onde são recebidos por assistentes sociais e psicólogos. A prefeitura do Rio se colocou à disposição para custear os enterros.
Imagem de 18.jan.2011 (esquerda) mostra local dos prédios (em vermelho) que desabaram no centro do Rio de Janeiro no dia 26.jan.2012 (direita)
As equipes de socorro, comandadas pelo Grupamento de Busca e Salvamento (GBS) do Corpo de Bombeiros com o apoio da Defesa Civil e da Polícia Militar, intensificarão hoje o trabalho de busca por mais vítimas. Cães farejadores ajudam nos resgates.
A expectativa é a de que todos os escombros sejam retirados até o começo da próxima semana. "Nós continuamos com o foco naquilo que é o mais relevante que são as vidas humanas que sofrem nesse momento. A prioridade agora é facilitar o trabalho do Corpo de Bombeiros. Queremos que eles tenham totais condições de desempenhar suas funções sem que haja risco para esses profissionais", disse o prefeito da cidade, Eduardo Paes.
Cerca de 30 caminhões da prefeitura deslocados para o trabalho já levaram mais de 15 mil toneladas de destroços do local, o que corresponde a cerca de 30% do total. Todo o material está sendo levado para um depósito municipal situado na zona portuária, e posteriormente para o aterro de Gramacho, na Baixada Fluminense.
Os acessos a cinco prédios da rua Treze de Maio estão totalmente bloquados --a situação só será normalizada na segunda-feira (30). A prefeitura afirma que não há "qualquer tipo de risco estrutural" para esses imóveis, mas as interdições foram determinadas por questão de prevenção.
(Com Agência Brasil)
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