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Militar que defendeu agressores de estudante em redes sociais pode ser expulso da FAB

Reprodução da conversa entre o soldado da Aeronáutica e uma amiga do estudante espancado no Rio - Reprodução/Facebook
Reprodução da conversa entre o soldado da Aeronáutica e uma amiga do estudante espancado no Rio Imagem: Reprodução/Facebook

Rodrigo Teixeira

Do UOL, no Rio

08/02/2012 13h57

O soldado da Aeronáutica Yuri Monteiro Ribeiro, amigo dos cinco jovens acusados de agredir um mendigo e espancar o estudante no Rio de Janeiro, pode ser expulso da corporação.

Na quinta-feira (2), o estudante Vítor Suarez Cunha, 21, foi espancado, na Ilha do Governador, zona norte do Rio, ao tentar proteger um morador de rua que era agredido por três jovens.

Em nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) diz que as mídias sociais permitem que as pessoas expressem livremente suas ideias e opiniões. E que o pensamento de Yuri, neste caso, é “totalmente desvirtuado da doutrina e conduta dos militares da corporação”.

Por esse motivo, foi aberto um procedimento administrativo na instituição para apurar as declarações atribuídas a ele e, após a conclusão dessa análise, o autor poderá até ser punido com o licenciamento, o que significaria sua exclusão da FAB.

Yuri utilizou o Facebook para defender dois amigos, um foragido e outro preso pelas agressões. O jovem fez ameaças, zomba da Justiça e da imprensa. Militar, lotado na Brigada de Infantaria do Galeão, afirmou em uma de suas mensagens que se participasse na briga, “Vítor não estaria vivo”.

Segundo a Polícia Civil, em depoimento, nesta terça-feira (7), Yuri disse que está arrependido de ter feito as declarações na rede social.

Polícia está atrás do último suspeito

Ainda está foragido o quinto suspeito de agressão, Edson Luiz Júnior, 18. Policiais da 37ª DP aguardam a apresentação do jovem para esclarecer o ocorrido ainda esta semana.

Um sexto jovem identificado como Daniel Lopes Menezes, amigo dos agressores, também foi à delegacia na tarde desta terça-feira (7) para prestar depoimento. Segundo testemunhas, ele teria presenciado espancamento, mas não fez nada para evitá-lo.

Segundo a polícia, como Daniel não participou das agressões, não responderá por nenhum crime.