Após quatro dias, bombeiros e polícias do Rio anunciam suspensão da greve
O Corpo de Bombeiros e as polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro anunciaram oficialmente na noite desta segunda-feira (13) a suspensão temporária da greve das entidades de classe da segurança pública do Estado. "Amanhã todos voltam a trabalhar", afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Fernando Bandeira.
Após o Carnaval, o movimento unificado pretende agendar uma nova assembleia em praça pública para definir se a greve será ou não retomada.
Mais cedo, policiais civis de quatro entidades de classe já haviam decidido suspender a greve da categoria durante o Carnaval.
As entidades de classe da segurança pública do Rio consideram que a greve se tornou insustentável em função das centenas de prisões de bombeiros e policiais militares.
"Agora temos homens do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar presos no sistema prisional de Bangu 1 de forma ilegal e covarde. São presos políticos sem direito a uma ligação para a família. (...) A luta é simplesmente por dignidade humana. O único crime será manter esses homens presos. O movimento agora é pela soltura daqueles homens preso", disse Ana Paula Matias, mulher do bombeiro Alexandre Matias, sargento do 2º Gmar (Barra da Tijuca), que se encontra preso em Bangu 1.
De acordo com a porta-voz dos bombeiros, os militares responsáveis pelo socorro marítimo "não deixaram de atender a população em momento algum".
"Todos os 162 bombeiros presos administrativamente acusados de não trabalhar estavam na praia. Porém, sem fardamento e fora de seus postos de trabalho. Estavam na praia à paisana, efetuando salvamentos. Prova disso é que não teve nenhum afogamento nas praias, que em momento algum ficaram desguarnecidas", disse.
Segundo o presidente do sindicato da Polícia Civil, Fernando Bandeira, o movimento já está se articulando com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para viabilizar a soltura dos PMs e bombeiros.
Problemas no interior
Nesta segunda-feira (13), o chefe da Comunicação Social da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro, coronel Frederico Caldas, disse que o número de policiais faltosos no Estado é muito pequeno e não difere das ausências rotineiras. Caldas informou que hoje não foram registrados casos de insubordinação.
Gravações mostram PMs combinando ações de vandalismo na Bahia
No primeiro dia de greve, problemas chegaram a ser registrados em algumas cidades do interior, como Volta Redonda, onde os policiais se recusaram a fazer patrulhamento, e Campos, onde os soldados se recusaram a trabalhar com as viaturas que estavam com documentação irregular. Mas, depois disso, segundo o coronel, não houve novos problemas.
“Não podemos falar em greve hoje, quando não temos nenhum serviço da PM interrompido. Falar em greve é um exagero. Os casos pontuais foram prontamente e severamente combatidos. Aqueles que se recusaram [a cumprir seu trabalho] foram presos e autuados. A vida segue. Nesta semana, já estamos trabalhando para fazer o esquema de segurança do Carnaval. Os eventos do final de semana foram todos cobertos sem problema”, disse.
Segundo Caldas, 129 policiais militares que aderiram à greve na sexta-feira (10), em Volta Redonda, no sul fluminense, foram autuados e serão transferidos para outros batalhões.
Já em Campos, no norte do Estado, o problema foi contornado com o envio de novas viaturas, com documentação regularizada, para o batalhão. Agentes do Departamento de Trânsito (Detran) também foram ao município para regularizar os demais carros.
A Secretaria Estadual de Defesa Civil também informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a rotina do Corpo de Bombeiros hoje está normal. Não houve faltas de bombeiros e os serviços não foram afetados.
(Com Agência Brasil)
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