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Filhote de pit bull é queimado com óleo quente após briga familiar em Goiânia

Filhote de pit bull é queimado com óleo quente <br> após briga familiar; cão ficou com rosto deformado - André Costa/Jornal O Hoje
Filhote de pit bull é queimado com óleo quente <br> após briga familiar; cão ficou com rosto deformado Imagem: André Costa/Jornal O Hoje

Lourdes Souza

Do UOL, em Goiânia

24/02/2012 21h48

Uma briga de família terminou com agressões contra um filhote de pit bull, de apenas quatro meses. O cachorro foi queimado com óleo quente e ficou com o rosto deformado. O crime aconteceu nesta quinta-feira (23) por volta das 12h, no setor Orlando de Morais, em Goiânia (GO).

O titular da Delegacia do Meio Ambiente (Dema), Luziano de Carvalho, encaminhou o animal para tratamento em uma clínica veterinária e hoje ouviu os principais envolvidos no caso. Residentes em lotes vizinhos, Valdomira Ribeiro Queiroz e a filha Claudirene Ribeiro de Queiroz começaram a se desentender desde setembro do ano passado, quando a mãe pediu para construir outra casa na divisa entre o terreno para servir de moradia para uma de suas filhas.

Com a recusa de Claudirene e do marido Deusdete Rodrigues Cabral, as brigas se tornaram frequentes e ontem a polícia foi acionada para averiguar a suspeita de maus tratos contra o cão. Em depoimento na delegacia, Cabral contou que chegou em casa por volta do meio-dia e encontrou o cachorro com sinais de queimadura pelo corpo.

Segundo ele, a mulher Claudirene não estava em casa e foi acionada por telefone. Ela tinha ido ao banco no bairro. A mulher contou que um dos vizinhos ouviu quando sua mãe teria dito que acabaria com o cachorro.

Os dois apontam Valdomira como principal suspeita. O delegado Luziano de Carvalho diz que ela nega a autoria do crime e alega que estava fora de casa na hora do ocorrido. Segundo ele, até o momento há somente suspeitas e que novas pessoas serão interrogadas na segunda-feira (27).  

O delegado diz que é prematuro apontar suspeitos porque trata-se de uma briga familiar, na qual houve até ameaças de morte. Ele diz que o cruzamento de informações será fundamental para desvendar o caso. As perícias foram realizadas hoje no local e, de acordo com a lei federal 9.605/98, que protege os animais, maus tratos podem geram pena de três meses a um ano de prisão e multa.