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Pai de santo que prometia pessoa amada em 3h vai responder por estelionato e extorsão

Segundo a reprodução de um anúncio publicitário que está circulando pelas redes sociais, o pai de santo Edmar dos Santos Araújo cobrava R$ 37 para "trazer a pessoa amada em três horas".  - Reprodução/Facebook
Segundo a reprodução de um anúncio publicitário que está circulando pelas redes sociais, o pai de santo Edmar dos Santos Araújo cobrava R$ 37 para "trazer a pessoa amada em três horas". Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, no Rio

27/06/2012 19h27

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta semana o pai de santo Edmar dos Santos Araújo, 23, conhecido como "pai Bruno da Pombagira", que prometia "trazer a pessoa amada em três horas", segundo panfletos publicitários que circulavam com a imagem do religioso.

Segundo a polícia, o suspeito --que atuava na Baixada Fluminense do Rio-- será indiciado por estelionato, extorsão e formação de quadrilha.

Araújo foi detido após investigações da 14ª DP (Leblon), que recebeu mais de 20 denúncias de pessoas que se sentiram enganadas pelas promessas do religioso. No decorrer dos trabalhos, os agentes da Polícia Civil descobriram que "pai Bruno da Pombagira" estava cobrando R$ 1.000 de uma vítima mediante ameaça de morte.

Além do religioso, os agentes prenderam Alex Alberto de Souza, que exercia a função de motoboy e dava apoio à quadrilha (ele também será indiciado), e as irmãs Viviante Souza e Luciana Duarte Reis. Ambas são acusadas de intermediar por telefone o contato com as vítimas, e responderão pelos mesmos crimes.

Segundo denúncia do Ministério Público protocolada na 27ª Vara Criminal, os criminosos atuavam de forma organizada, e cada um tinha uma função específica. Quando reclamavam a respeito do não cumprimento das promessas do religioso, as vítimas eram ameaçadas através de contato telefônico e obrigadas a pagar quantias além dos supostos serviços prestados.

O motoboy integrante da quadrilha era o responsável por receber o dinheiro da extorsão. De acordo com as investigações, um policial militar ainda não identificado também fazia parte do esquema.

Todos os acusados negaram os crimes apontados pela polícia e pelo MP. De acordo com a Polícia Civil, o indiciamento nada tem a ver com a questão religiosa, e sim com a prática de extorsão, já que vários clientes foram ameaçados pelos membros da quadrilha.