MPF quer federalizar investigação da morte de dois jovens pela PM em SP
O Ministério Público Federal (MPF) em Guarulhos (SP) enviou ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, uma solicitação para que a procuradoria peça a federalização da investigação da morte de dois adolescentes em São Bernardo do Campo (SP).
Douglas da Silva e Felipe Pontes Macedo foram mortos após, segundo policiais militares, resistirem violentamente contra uma abordagem. A Fundação Criança de São Bernardo, que acompanha o caso, diz que o inquérito policial desapareceu.
De acordo com o MPF, os dois jovens voltavam da escola em uma moto, na noite de 30 de novembro de 2011, quando foram abordados pela polícia. Os policiais envolvidos dizem que se defenderam de tiros disparados pelos rapazes na patrulha. O MPF alega, no entanto, que a perícia comprovou não haver resíduos de pólvora e chumbo nas mãos dos jovens.
Sem ter acesso ao inquérito, a Fundação Criança solicitou à Ouvidoria de Polícia do Estado de São Paulo que colhesse depoimento das testemunhas do caso. De acordo com esses relatos, os policiais derrubaram os menores da moto sem motivação aparente e fizeram diversos disparos.
Para o procurador Matheus Baraldi Magnani, autor do pedido, “é forte o entendimento no estado de São Paulo segundo o qual a Polícia Militar está se convertendo em uma polícia assassina, com liberdade para humilhar, subjugar e matar desenfreadamente”. As mortes em confronto com a polícia paulista foram discutidas em uma audiência pública convocada pelo MPF na semana passada.
A Secretaria de Segurança Pública informou que a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa já está providenciando a reconstituição do inquérito “inclusive, com laudos”.
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