Peritos de Brasília farão maquete 3D da boate incendiada em Santa Maria (RS)
Dois policiais civis peritos do Distrito Federal iniciaram nesta terça-feira (19) um mapeamento fotográfico da área interna da boate Kiss em Santa Maria (RS), destruída por um incêndio na madrugada de 27 de janeiro.
AS FASES DA INVESTIGAÇÃO
Coleta de provas |
A polícia fez a maior parte da coleta no próprio dia do incêndio, mas não descarta voltar ao local em busca de outras evidências se necessário para dirimir dúvidas |
Depoimentos |
Além dos músicos da banda Gurizada Fandangueira, clientes, funcionários e os donos da casa noturna seguem sendo ouvidos na delegacia |
Prisões |
Quatro pessoas estão presas: dois músicos da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava na boate, e os sócios do estabelecimento, Elissandro Callegari Spohr e Mauro Hoffmann |
Exame de documentação |
Polícia vai revisar alvará de funcionamento e o plano de prevenção de incêndio da boate Kiss |
Perícia |
O trabalho dos peritos foi iniciado no dia do acidente e só será concluído com a divulgação dos laudos técnicos. Pode ser concluída em 30, 60 ou 90 dias, segundo a polícia |
O objetivo é elaborar uma maquete virtual em 3D do local. Os peritos chegaram na noite de segunda-feira (18) na cidade. O incêndio causou a morte de 239 pessoas.
Os peritos vão utilizar um aparelho de alta tecnologia que combina raio-laser e fotografias para mapear toda a área interna da boate, de 415 metros quadrados.
Depois de obter imagens da estrutura do prédio, o segundo passo é elaborar a maquete em três dimensões por meio de um scanner alemão.
Durante todo o dia, os peritos devem tirar mais de mil fotografias do local para compor a maquete.
A expectativa, no entanto, é que o trabalho de elaboração da planta em 3D seja concluído somente na quarta-feira (20).
Segundo o delegado Marcelo Arigony, que comanda as investigações em Santa Maria, a maquete visa facilitar o trabalho da polícia.
“Ajuda muito pois evita deslocamentos desnecessários para conferir uma ou outra situação que surja durante os depoimentos. Nossa expectativa é que acelere a finalização da primeira etapa do inquérito”, disse.
A polícia trabalha com a perspectiva de apresentar o inquérito no próximo dia 26 de fevereiro, quando a tragédia completa um mês.
Arigony, entretanto, já admitiu a possibilidade de estender esse trabalho pelos cinco dias restantes da prisão provisória dos quatro suspeitos de provocarem a tragédia, que se estende até 2 de março.
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