Topo

Gavião cai em quintal de residência no Rio de Janeiro e assusta moradora

O biólogo Anderson Mendes informou que o gavião da fotografia é um exemplar carijó - Reprodução/Facebook
O biólogo Anderson Mendes informou que o gavião da fotografia é um exemplar carijó Imagem: Reprodução/Facebook

Rodrigo Teixeira

Do UOL, no Rio

27/02/2013 16h56

Um gavião caiu no quintal da carioca Ana Magal na tarde de terça-feira (26), na Rua Dr. Leal, no Engenho de Dentro, na zona norte do Rio de Janeiro. Após o susto, Ana pediu ajuda aos órgãos responsáveis e pelas redes sociais, mas o animal acabou indo embora sozinho.

“Ouvi um barulho estranho vindo do quintal. Um grito fino e alto, parecia um bebê chorando. Saí, olhei e não vi nada”, contou Ana. “Lanchei e ia voltando para meu quarto, que fica do lado de fora da casa, quando meu cachorro correu feito louco pro canto da casinha dele e voltou com uma coisa na boca. Quando olhei era uma ave grande. Gritei com meu cachorro para soltar e corri para prender meu cão em meu quarto.”

Para proteger a ave da forte chuva que atingiu a cidade no final da tarde de ontem, ela improvisou uma cabana. “Peguei um guarda-chuva velho meu e, com cuidado, coloquei próximo onde ele estava, e ele se abrigou. Quando a chuva passou, o animal começou a tentar voar pelo quintal, derrubando tudo o que via pela frente. Tive que fechar as janelas pra ele não invadir a casa”, afirmou.

A reportagem do UOL solicitou à Fundação Riozôo que identificasse a ave a partir das fotos do animal, postadas no Facebook por Ana Magal. O gerente de Biologia da entidade, o biólogo Anderson Mendes, informou que o gavião da fotografia é um exemplar carijó.

  • Para proteger a ave da forte chuva que atingiu a cidade, Ana improvisou uma cabana

“O nome da espécie é Rupornis magnirostris. É uma espécie muito comum no Rio de Janeiro, alimenta-se de pequenos vertebrados. Como todos os representantes da família ACCIPITRIDAE”, disse ele, explicando que o gavião carijó possui hábitos estritamente diurnos e pode atacar se se sentir acuado.

Ana contou que a ave “parecia estar com uma asa machucada”. Ela disse que nunca tinha se deparado com um pássaro daquele porte, “aproximadamente com o corpo do tamanho de um ventilador e uma envergadura de asas três vezes maior que ela”.

Após pedir a ajuda de um tio, sem sucesso, ela resolveu ligar para o serviço de atendimento da prefeitura do Rio, o 1746, e recebeu um protocolo que prometia resolver seu problema em 72 horas. Após ser aconselhada pelo Facebook e apagar as luzes do quintal, “ o animal simplesmente sumiu”, contou Ana. Para ela, a ave deve ter conseguido pular o muro rumo a alguma árvore da região.

Nesta quarta (27) Ana tentou localizar a ave, mas não conseguiu. “Já procurei por todo canto e não encontro. Espero que esteja bem. Fiquei muito preocupada, foi uma aventura”, disse.

A assessoria de imprensa da Casa Civil da Prefeitura do Rio, responsável pelo atendimento,  informou ao UOL que como a ave já deixou o local. o caso foi resolvido. E que uma patrulha da Secretaria Municipal de Meio Ambiente esteve na localidade hoje para auxiliar a moradora.

Em nota, salientou que, quando se observar em local domiciliar da cidade do Rio de Janeiro a presença de qualquer animal silvestre, é recomendado o contato imediato como o número 1746 para que a demanda seja encaminhada aos órgãos competentes.